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Internet. 10 anos da rede mundial. E o que interessa, mesmo, meeeesmo, são as pessoas

De repente, volto a 1996, quando adquiri meu primeiro computador. Um Itautec de 8 megas. Hoje, uma carroça. Então, o modelo básico. E, naquele ano, a grande rede estava mostrando as caras, do jeito que ela seria hoje. Eu, claro, me conectei. Sou o que alguns diriam um dinossauro. Eram 300 mil. Em todo o país – hoje são 14 milhões. 80 mil – talvez mais – só em Santa Maria, contando os que acessam de seus locais de trabalho.

Muita coisa mudou. Inclusive meu micro, que não vou dizer a marca (de graça, na-na-ni-na-não), mas que é beeeem mais potente. Banda larga era um sonho distante. Conexão discada, e a gente achava o máximo. Em todo caso, passada uma década, é interessante ver a reflexão de outro dino, no caso o jornalista Caíque Severo, que trabalha com a rede desde 1995, quando tudo, de fato, parecia a ser construído. Severo é diretor de serviços de valor agregado de comunicação da agência de propaganda DM9DDB, uma das maiores do país. Confira o que ele diz, e volte um pouco no tempo:

”Na internet e na Time as pessoas são o que importa

Este ano fez dez anos que lançamos os primeiros portais da internet brasileira. Primeiro o Brasil Online e o Universo Online, em abril, e depois o ZAZ, em dezembro de 1996. Esta semana a Time escolheu para a sua tradicional capa de personalidade do ano “você” ou “nós”, todas as pessoas que são ao mesmo tempo consumidores e produtores de informação na internet. O que mudou de lá para cá? Na verdade, nada. Ou muito coisa, depende de como queremos ver a questão.

Desde o início da internet – e isso eu não me canso de repetir – estava claro que o mais interessante nessa ferramenta eram as pessoas. Quando pesquisava meu trabalho de conclusão de graduação em 93 sobre a Internet, conheci uma professora brasileira que morava em Boston. Ela me ajudou bastante durante a pesquisa, mas quase não conseguia me concentrar no trabalho acadêmico, já que bater papo com alguém em outro hemisfério era muito mais interessante.

Naquela época usávamos um programa chamdo “talk”. Você digitava “talk fulano” e escrevia uma frase. Alguns segundos depois, aparecia na tela da pessoa, lá nos EUA. Sim, era o começo do bate-papo. Mas não era tão avançado como o messenger. Para saber se o seu amigo estava online você precisava fazer um “ping”. Você escrevia “ping fulano” e o sistema escrevia na tela se “fulano” estava online ou quando foi a última vez que ele esteve online.

Claro, podíamos navegar em vários computadores que guardavam documentos. Ainda não existia a Web. Usávamos um negócio chamado Gopher. Você entrava num determinado endereço, também digitando uma frase na tela. Por exemplo: “gopher docs.usp.br”. Na tela, aparecia uma lista numerada de coisas que você selecionar. E assim você ia “navegando”, imagens.

Que emoção quando consegui imprimir o meu primeiro PDF, um documento que podia ser impresso em qualquer impressora a laser, um luxo na época, com qualidade de composição e impressão igual a de um livro. Essa era a mágica. De dentro do computador saía mais do que um texto, saía um livro. Lembro que imprimi…”

BR> SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página Terra Magazine, do portal Terra, no endereço http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1228587-EI6578,00.html.

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