Arquivo

Eleições 2010. A opção Aécio pode ser do PSDB. Mas também, há quem acredite, até do PT

Aécio Neves, o neto de Tancredo, o presidente que se elegeu, mas não assumiu, não pensa esperar até 2014 para concorrer à Presidência da República. A argumentação de que é jovem e pode aguardar não cala na mente do governador de Minas Gerais – mandato renovado nas urnas de outubro de 2006.

 

Aécio quer, sim, concorrer em 2010. Acha que tem condições e cacife para pleitear a candidatura pelo PSDB. Ali, no entanto, há terreno minado. José Serra, candidato derrotado em 2002, e eleito governador de São Paulo em 2006, se interpõe no caminho. E tem trunfos, muitos. Um deles, inclusive, o apoio do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, do qual foi ministro da Saúde.

 

Outro enrosco, ainda que pessoalmente este (nem sempre) humilde jornalista não creia, poderia ser o candidato surrado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva em 2006, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Se este, hipoteticamente, se eleger prefeito de São Paulo (e há quem diga e escreva isso ser possível) estará no jogo de 2010 também. Será?

 

Quer dizer: não faltam obstáculos no caminho de Aécio, para concorrer à Presidência pelo PSDB. Isso não significa, porém, que a candidatura não se formalize. Afinal, seu caráter conciliador o torna confiável a várias outras siglas e até ao atual detentor do cargo. Lula não esconde seu apreço por Aécio. Como também por Serra, acrescente-se.

 

Então, o governador de Minas pode escolher outro partido, que pode ser até o PMDB (há quem enxergue, nele, a melhor opção), ou mesmo uma sigla menor – que agregaria apoios de outras agremiações. E contaria, quem sabe, com o apoio do PT, que teria o candidato a governador em Minas Gerais. Geeente!!!! É muita coisa, não? É. Mas em política, tudo é possível.

 

A propósito de todas essas alternativas envolvendo o nome de Aécio Neves, vale a pena ler reportagem assinada por Lucas Ferraz, publicada no site especializado Congresso em Foco. É o texto que reproduzo a seguir:

 

“Aécio Neves e o sonho presidencial

Com a imagem de bom administrador e perfil conciliador, o governador de Minas ainda é uma incógnita até para os tucanos

 

Sempre quando é perguntado sobre a eleição presidencial, em 2010, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), responde que a indicação para disputar o cargo mais importante da República deve ser natural. Quase uma predestinação. No fundo, Aécio sabe que precisará mais de que obstinação. Terá que vencer uma dura batalha que já vem sendo travada nos bastidores, entre ele e o governador de São Paulo, José Serra – embora os dois neguem qualquer disputa. Outro personagem tucano, no entanto, também pode entrar na disputa: o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que, apesar da derrota no ano passado, alcançou quase 40 milhões de votos no primeiro turno.

 

Até lá, muita água ainda vai passar sob a ponte. Afinal, como disse o ex-governador mineiro Magalhães Pinto, “política é como nuvem, está sempre mudando”. O que quer dizer também que, se não conseguir espaço no PSDB, Aécio poderia ir para uma outra legenda, na qual teria o caminho livre.

 

“Tenho a impressão de que ele não espera 2014, e isso pode até levá-lo a uma aliança com o PT. Não filiado ao partido, mas em algum outro menor, onde ele seria a estrela e não correria riscos”, analisa o cientista político Júlio Buére, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Minas). Idéia que – não é de hoje – vem sendo levantada nos meios políticos.

 

Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e que quer presidir o PMDB, admitiu como “uma hipótese”, em 17 de fevereiro à Folha de S.Paulo, a possibilidade de o governador de Minas se filiar ao partido, encabeçando uma candidatura própria em 2010. Pelo menos por enquanto, Aécio, que já foi peemedebista, rechaça trocar de partido.

 

As relações com o Partido dos Trabalhadores são boas. Ele tem bom trânsito com o presidente Lula. Quando eclodiu a crise do mensalão, em 2005, Aécio foi uma das poucas vozes da oposição a defender o presidente, dizendo que Lula não era Fernando Collor. Ao longo dos embates daquele ano, foi um dos tucanos mais moderados.

 

A relação dele com o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), também é boa. Barrou até a candidatura de um tucano nas eleições municipais de 2004, quando Pimentel foi reeleito. Daí surgem especulações de que, com o aval de Lula na sucessão em 2010, Aécio poderia chancelar algum petista na caminhada ao Palácio da Liberdade. Nomes não faltam: o próprio Fernando Pimentel ou o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, que já foi prefeito de BH e conta com grande aprovação na cidade.    

 

Ó, Minas Gerais

 

Outra coisa que o governador não se cansa de repetir é que nenhuma decisão nacional pode ser tomada sem a participação de Minas Gerais. Não só por seu passado político e econômico, como por sua força atual. Nesse caso, até a oposição local concorda: “É tradição o governo mineiro ter um grande papel nacional, e é função do Aécio Neves ocupar este espaço nas discussões nacionais”, diz o deputado estadual petista André Quintão. “Em tese, qualquer governador de Minas bem avaliado tem condições de pleitear a disputa da presidência”, completa. O que…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, clique aqui.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo