Conflito amazônico. E o que tem o governo norte-americano a ver com o rolo Colômbia-Equador?
Escrevi uma nota, na madrugada passada, em que expunha os fatos (e eles são indesmentíveis) acerca do enrosco envolvendo diretamente Colômbia e Equador (o primeiro invadiu o território do segundo) e indiretamente a Venezuela. E também apresentei algumas ilações (nada de fatos, no caso) a respeito. Uma delas (leia mais aqui) dizia respeito à participação norte-americana na vida especialmente dos colombianos.
Agora não é mais apenas este (nem sempre) humilde repórter que trata da questão sob esse viés. Quem escreve (e publica) o texto abaixo é o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo. Confira você mesmo. E, sugiro, reflita a respeito. A seguir:
Digitais dos EUA começam a aparecer na Colômbia
Dois dias antes da ação que resultou na invasão de forças militares colombianas ao território do Equador e na morte de 17 guerrilheiros das Farc, um militar graduado dos EUA esteve em Bogotá. Trata-se do contra-almirante Joseph Nimmich, diretor da Força Tarefa Conjunta Interagencial do Sul.
Nimmich visitou o Comando Geral das Forças Militares da Colômbia. Recebeu-o o chefe do Estado-Maior Conjunto colombiano, almirante David René Moreno Moreno. As pegadas do oficial norte-americano ficaram impressas no sítio das forças armadas colombianas. Há ali uma foto e uma brevíssima nota sobre os objetivos da visita: Compartilhar informação vital sobre a luta contra o terrorismo (veja a foto lá no alto e leia aqui.).
Nos arquivos do Departamento de Estado dos EUA, as Farc são classificadas como uma organização terrorista. O que tonifica a suspeita de que o dedo de Washington possa estar por trás da operação que levou a Colômbia a incluir o escalpo de Raul Reyes, o segundo homem da guerrilha, na sua galeria de troféus.
A participação norte-americana no episódio é alardeada tanto por Rafael Correa quanto por Hugo Chávez, presidentes do Equador e da Venezuela. Não há, porém, nenhuma réstia de confirmação oficial. Inquirida sobre o tema, uma porta-voz do Departamento de Estado, Barbara Rocha, limitou-se às declarações protocolares.
Disse que a morte dos guerrilheiros e o conflito diplomático que se seguiu à operação “são assuntos os quais os governos de Equador e Colômbia devem resolver juntos. De resto, disse esperar que essa solução conduza a um rápido retorno às relações normais.” Pediu calma ao Equador e à Colômbia. Calma é matéria-prima escassa nos gabinetes de Corre e, sobretudo, de Chavéz.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas pelo jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo.
Vale a pena ler, também, o artigo A guerra dos esfarrapados, de Celso Lungaretti, no site Congresso em Foco.
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