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Em polvorosa. Ações recentes da Record, em território gaúcho, provocam dúvidas. E polêmica

Prefiro, inclusive pela ligação que tenho com a TV Pampa, afiliada da Record no interior gaúcho, não entrar diretamente na polêmica. Mas é instigante ler a reportagem de Mariana Senderowicz, da sucursal de Porto Alegre do Comunique-se, site especializado no mercado de mídia. Confira. E reflita. É o que eu próprio estou fazendo. A seguir:

 

“Mais polêmicas envolvem a Record no Rio Grande do Sul

 

As últimas semanas não estão sendo fáceis para a administração na Record do Rio Grande do Sul. Depois de uma série de denúncias e boatos sobre demissões e problemas na forma de contratação, a emissora, que passou a produzir programação no território gaúcho há menos de um ano, começa a dar explicações a entidades representativas. Em 22/02, representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SJPRS) e da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) estiveram na sede da emissora em Porto Alegre para discutir contratos de repórteres cinematográficos identificados como radialistas. “Entendemos que todos deveriam ser contratados como jornalistas que são”, afirma José Maria Nunes, presidente do sindicato.

 

Segundo Nunes, João Batista Rodrigues, diretor da Record no estado, afirmou que fará um estudo para verificar a situação, mas que uma mudança de status não pode ser decidida regionalmente. “Nos foi antecipado que essa seria uma decisão de toda a rede”, conta o dirigente. Ele lamenta algumas posturas do grupo, pertencente à Igreja Universal do Reino de Deus, que se instalou na região com a promessa de incrementar o mercado de trabalho e tem demonstrado pouca preocupação nesse sentido. “Além dos problemas de contratação, muitas pessoas estão sendo afastadas ou substituídas por nomes do eixo Rio–São Paulo, contrariando a idéia de que a emissora levaria programas com a cara do Rio Grande para o centro do país.”

Demissões, férias e informações não-confirmadas
Somente na última semana, diversas exonerações motivaram outra reunião entre representantes de jornalistas e da Record. Com o afastamento de aproximadamente 20 correspondentes da Rádio Guaíba no interior do estado – todos passaram a fornecer conteúdo apenas para o jornal Correio do Povo, também pertencente ao grupo -, o SJPRS lamentou o que classificou de fechamento de postos de trabalho.  Na ocasião, a entidade divulgou, juntamente com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), nota de repúdio criticando a atuação administrativa da rede, que elegeu o sindicato dos radialistas como local para a rescisão dos contratos. “(…) O propósito de um plano de expansão do grupo ligado à Igreja Universal está se restringindo, no momento em que demite seus profissionais e, ainda pior, não está reconhecendo os profissionais como jornalistas (…)”, dizia o documento.

Paralelamente, pelo menos três comunicadores de renome no Rio Grande do Sul teriam sido demitidos pela TV Record. Luiz Carlos Reche deixou a apresentação do Balanço Geral, que passou a ser comandado pelo paulista Alexandre Mota, e os comentaristas João Garcia e Juremir Machado também teriam sido afastados da programação televisiva. Enquanto isso, Marcos Martinelli deixou a gerência de jornalismo para uma longa “licença não-remunerada”.

O Sindicato dos Radialistas, que se negou a aceitar a rescisão dos correspondentes demitidos no interior, ainda exige apresentação do registro de Mota, solicitado desde a primeira quinzena de fevereiro. Em nota publicada em 22/02, a entidade informa que se não receber o material nos próximos dias tomará providências legais junto à Delegacia Regional do Trabalho. “Anteriormente já tomamos atitudes iguais a esta (…) em defesa da lei 6.615 que protege os profissionais e o mercado de trabalho dos radialistas”, afirma o texto.

Polêmicas em todo o Brasil
A atuação da emissora não está conturbada apenas na região Sul. A recente divulgação de uma foto da jornalista Elvira Lobato, que escreveu reportagens sobre empresas mantidas por pastores da Universal na Folha de S. Paulo, repercutiu não apenas no próprio jornal, como na grande imprensa. Além de críticas de veículos por todo o País, a iniciativa mobilizou diversas entidades nacionais e regionais, que acusassem a Igreja Universal de fazer uma campanha de intimidação contra jornalistas.

Na opinião do presidente do sindicato gaúcho, o grupo está demonstrando confusão a respeito de suas administrações. “Está havendo uma falta de separação entre o que é da igreja e o que é de comunicação”, lamenta. Nunes lembra que no Rio Grande do Sul, por exemplo, a diretoria é exercida por um bispo, e não por um executivo da área. “Infelizmente não há nada que possa ser feito, pois se trata de uma administração empresarial. O que cabe ao sindicato é fiscalizar o setor jornalístico, e isso vamos continuar fazendo.”

Há uma semana o Comunique-se tenta entrevistar um representante da Record sobre as políticas da emissora, mas ainda não foi atendido.”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras informações publicadas pelo Comunique-se, sitio especializado em mídia.

 

 

 

 

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