Tragédia

KISS. Durou apenas algumas horas a permanência de Jorge Pozzobom na comissão sobre tragédia em boate

POR MAIQUEL ROSAURO

A permanência do deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB) na coordenação da Comissão de Representação Externa que irá acompanhar a investigação sobre a tragédia na boate Kiss durou apenas algumas horas. O parlamentar deixou o cargo após ser noticiada sua atuação como advogado de um dos sócios da boate em um processo anterior.

Leia abaixo na matéria do Terra:

Advogado de sócio da Kiss, deputado deixa comando de comissão no RS

Instalada na tarde desta quinta-feira pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a comissão montada por deputados gaúchos para acompanhar a investigação do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, já foi alvo de polêmica. Horas após assumir a coordenação da Comissão de Representação Externa, o deputado Jorge Pozzobom (PSDB) deixou o cargo após ser noticiada a sua atuação como advogado de um dos sócios da casa noturna, Mauro Hoffmann, em um processo envolvendo outro negócio do empresário.

No fim da tarde, o presidente da Assembleia, Pedro Westphalen (PP), informou que Pozzobom seria substituído pelo deputado Paulo Odone (PPS), 1º vice-presidente da Casa. “Entramos em contato com o deputado Pozzobom e chegamos a um acordo de que a permanência dele certamente prejudicaria o bom andamento dos trabalhos, que têm que ser céleres e trazer resultados para a sociedade. Por isso, o deputado declinou de participar da comissão”, afirmou Westphalen, ressaltando que foi Pozzobom quem tomou a iniciativa de se afastar.

Segundo Westphalen, a mudança ocorreu após tomar conhecimento, por meio da imprensa, de que Pozzobom havia sido advogado de Hoffmann em um processo envolvendo outra casa noturna do empresário em Santa Maria, a boate Absinto. O presidente da Assembleia argumentou que não tinha conhecimento do fato quando indicou Pozzobom para coordenar a comissão.

Além de Odone, farão parte da comissão os deputados Valdeci Oliveira (PT), Giovani Feltes (PMDB), Mano Changes (PP) e Gilmar Sossella (PDT). O órgão técnico terá 30 dias para formular um relatório a respeito das investigações da tragédia.

Paralelamente, uma Comissão Especial será responsável por revisar e atualizar a legislação de segurança, prevenção e proteção contra incêndios no Estado. O grupo será presidido pelo deputado Adão Villaverde (PT). Também integram a Comissão Especial os deputados Valdeci Oliveira (PT), Giovani Feltes (PMDB), Gilberto Capoani (PMDB), Frederico Antunes (PP), Gerson Burmann (PDT), Vinicius Ribeiro (PDT), Jurandir Maciel (PTB), Jorge Pozzobom (PSDB), Raul Carrion (PCdoB), Paulo Odone (PPS) e Paulo Borges (DEM).

Clique aqui para ler a matéria completa no site do Terra.

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8 Comentários

  1. Vou na contramão da maioria dos comentários, mas afirmo:
    Pozzobom foi AFOITO e pisou na bola!
    Ele sabia desde o início que sua condição de ex-advogado de um dos proprietários da Kiss o colocaria em suspeição em relação à tragédia.
    Como agravante, sua condição de ex-candidato à Prefeitura e – portanto – adversário político do atual prefeito tornaria a suspeição ainda maior.
    Pozzobom – sempre tão esperto – escorregou feio na busca por holofotes.
    Podia ter evitado todo o desgaste da destituição se – lá no começo – atuasse de maneira clara e cristalina para a formação da Comissão mas desde cedo deixasse claro que sua condição de ex-advogado de réu o impedia de ser um dos membros.
    Quis dar o passo maior que a perna, tropeçou e caiu…

  2. Eu concordo com a Marcia Rocha, o problema é sim, o jeitinho brasileiro. Mas isto só vai acabar quando as autoridades responsáveis por estes “jeitinhos” forem responsabilizadas. Li dia desses que em 2009 o chefe do DPI dos bombeiros autorizou o alvará da Kiss sem o Plano de Prevenção de Incêndio. Este mesmo chefe recebia mimos em troca de multas. Se, com tudo isto, ele seguir impune, será um sinal de que a coisa não vai melhorar.

  3. vejo as comissões de deputados daqui e de lá, sem necessidade nenhuma, é bem simples, AS LEIS EXISTENTES TÊM QUE SEREM CUMPRIDAS E PARAR COM O “JEITINHO BRASILEIRO”, não cumpriu tá fora da lei, sem prazo disso e daquilo. Mas,……….. tb têm o judiciario(que nem em POA), que pelo livre convencimento/entendimento do juiz, de acordo com o que apresenta a defesa e quem não concede, ele poderá conceder ou não uma liminar.

  4. Mas tchê, com a experiência e a inteligência do Pozzobom eu não entendo como esta situação chegou até este ponto. Ora, se ele sabia de antemão ter sido advogado de um dos principais implicados no caso, porque deixou o nome dele constar na Comissão?
    Quem o colocou na comissão e o indicou para coordenar não era obrigado a saber disto, mas ele sabia.
    Então, volto ao início do meu texto. Ele é muito inteligente e isto ninguém tira dele. Mídia e uma repercussão positiva.
    Esta é a minha opinião, que pode ou não ser a realidade. Mas é minha opinião e o meu verdadeiro nome está logo aí acima para que todos saibam quem sou.

  5. Mais uma vez Pozzobom demonstra maturidade. Ter sido advogado de Mauro em ações anterior o exercício do mandato de deputado não significa absolutamente nada. Pozzobom mostrou que pensa coletivamente e respeita a casa onde trabalha.

  6. Achei importante que foi um acordo tranquilo. Não acho que a participação do Deputado Pozzobon fosse alterar o rumo da história, até porque temos visto que ele separa muito bem as atividades políticas da sua profissão advogado. Mas assim evita que fiquem falando bobagens por ai. Prevenir é muito importante.

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