Agora, sim. Enfim, STF é provocado. E deve sair a decisão definitiva sobre fidelidade
Finalmente, parece que teremos uma posição definitiva sobre a perda ou não dos mandatos dos parlamentares que trocaram de partido em meio (no caso, bem no início) à Legislatura. Com a recusa em dar uma resposta positiva ao pedido feito por PSDB, DEM e PPS, para que recebessem de volta os mandatos dos deputados que os trocaram por siglas da base aliada, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia obriga as agremiações a recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Desta forma, sem acolhimento no plano administrativo, o único caminho das agremiações descontentes é, mesmo, o STF. E, assim, como já se previa, será lá, na maior instância judiciária do País, que se saberá se o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, que provocou toda essa situação, é correto. E mais: se a interpretação segundo a qual o mandato é do partido e não do parlamentar tem validade imediata. Se tem, o pleito dos reclamantes será aceito.
Se bem que existe outra possibilidade, e é nessa que aposto desde o início: sim, tem validade, mas não retroage. Isto é, vale a partir do momento em que foi feita a interpretação. E há uma terceira posição possível, e na qual não acredito: a interpretação do TSE é equivocada e deve ser desconsiderada.
Se for esse último o entendimento do Supremo, bem, aí a esbórnia continuará. E facilitará a vida, inclusive, de pelo menos um (Luiz Carlos Fort) ou até mais vereadores de Santa Maria que se sentem desconfortáveis no partido pelo qual pediram votos e se elegeram.
Em todo caso, tomara que a decisão dos partidos seja mesmo formalizada no STF. E, que os ministros resolvam logo esse enrosco. É fundamental para que se tenham regras claras, inclusive para o próximo pleito. Afinal, os vereadores já saberão, antecipadamente, se podem virar a casaca ou não. E o eleitor também, claro.
SUGESTÃO DE LEITURA – leia aqui a reportagem Oposição vai ao STF para retomar mandatos de quem trocou de partido, assinada por Gabriela Guerreiro e publicada pela Folha Online, o braço de internet do jornal Folha de São Paulo.
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