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EXTRA. PF frustra e não dá nomes. Mas convida os 13 “cabeças” a aceitarem a delação premiada

Ildo Gasparetto, superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, não negou a existência de nomes com foro privilegiado citados ao longo do inquérito da Operação Rodin – embora tenha falado bastante no início da semana. Mas frustrou os jornalistas (e a própria opinião pública) ao não divulgar sequer os nomes dos novos indiciados pela Polícia Federal, no inquérito entregue à Justiça. Apenas confirmou aqueles já conhecidos – os 13 presos temporariamente em 6 de novembro do ano passado. E que, disse Gasparetto, “foram os cabeças da organização criminosa”.

 

Estelionato qualificado, peculato, formação de quadrilha, corrupção passiva, advocacia administrativa qualificada, tráfico de influência, indevida dispensa de licitação, locupletamento em face de indevida dispensa de licitação. Esses foram os crimes detectados no inquérito. Mas quem e quais estão envolvidos em um, outros ou todos, também não foram tornados públicos.

 

A decisão de divulgar ou não os nomes ficou com o Ministério Público Federal ou a própria Justiça. Mas antecipou o delegado não ter havido ainda o pedido de prisão preventiva para quaisquer dos indiciados. E também, na hora mesma da entrevista que está sendo concedida neste momento, em Porto Alegre, na sede da Superintendência da Polícia Federal, convidou os 13 a aceitarem a “delação premiada” – com o que poderiam ter minorada sua participação.

 

A propósito, relembre a nota que publiquei agora há pouco:

 

“EXTRA. PF não divulga novos nomes indiciados na “Rodin”. Joga a bola para o MPE e à Justiça

 

Acaba de falar à imprensa o Superintendente Regional da Polícia Federal, Ildo Gaspareto. Ele deu detalhes sobre as investigações, exceto aquele que mais interessa (ou mobiliza, ao menos) a opinião pública, no dia de hoje: os nomes dos indiciados. São 39. Mas apenas 13 foram confirmados – exatamente os dos detidos em 6 de novembro do ano passado.

 

Gasparetto também confirmou que há nomes de pessoas com foro privilegiado (o tal deputado federal e o ex-estadual), que ainda dependem, para investigação oficial, de autorização a ser concedida (ou não), respectivamente pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

 

A divulgação da identidade dos indiciados somente será conhecida após a Justiça Federal aceitar a denúncia a ser feita pelo Ministério Público Federal. Ou por iniciativa do MPE, que deve receber os autos do inquérito apenas na próxima semana.

 

Sob esse aspecto, não há dúvida, as declarações foram frustrantes. Afinal, de novidade meeeeeesmo, nadinha. Mas não tarda o dia, imagino, em que a sociedade saberá exatamente o que aconteceu, e quem tem (ou não) responsabilidades.

 

Não há a menor dúvida, também, que voltaremos ao assunto. “

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a nota “Operação Rodin (10). “Segredo de justiça” é parcialmente retirado. Presos são 13. Afastados 6”, que publiquei em 8 de novembro do ano passado. Nela, você encontrará os nomes de todos eles.

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