IMPRESSA. Na coluna desta quarta, a interlocução para decidir sobre as coligações já está determinada
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta quarta-feira, 2 de setembro, no jornal A Razão:

Já se conhecem os interlocutores
Alguém dirá que ainda falta o PTB. Ou o PR. Ok, pode ser. Mas, salvo grande surpresa, nenhum dos dois terá candidato a prefeito. E têm a oferecer tempo razoável de rádio e TV, o que os torna potenciais parceiros de outras siglas
Assim é que, com a definição da Executiva do PMDB, já são conhecidos os principais interlocutores para as negociações visando 2016. É verdade que conversas já há. Mas ainda faltava saber quem responderia por agremiações relevantes.
Agora, foi-se a dúvida. Os mais recentes a chegar ao grupo foram, além do PMDB, o DEM e o PSB. Os demistas têm Nelson Cauzzo para papear buscando a aliança que possa garantir melhores condições de eleger (ou reeleger) edis. E os pessebistas contam com um donatário, Fabiano Pereira, com poderes totais para articular. É o que está fazendo, com certeza.
Assim é que bem logo será possível ter um quadro mais aproximado do que será decidido, de fato, em meados de 2016. Aguardemos!
ESQUERDA-ESQUERDA
Dados os fatos recentes, e as posições divergentes em relação à política nacional, é muito improvável que PSOL e PSTU se unam em chapa única para a Prefeitura. Aliás, repetindo o que já houve em 2012, quando as siglas da esquerda-esquerda participaram da disputa em chapas separadas.
PSOL NA DIANTEIRA
Aliás, o PSOL se consolida como a principal vertente da esquerda-esquerda. Muito em função de sua prática, claro, mas fundamentalmente pelo desempenho da candidata presidencial, Luciana Genro. Que, por sinal, com o maior nome estadual, hoje, Pedro Ruas, estará em Santa Maria no domingo. A discussão é interna, mas, com certeza, chegará a 2016. Ou alguém duvida?
DILMA, SARTORI E…
Só há uma maneira objetiva de percalços de Dilma (menos) e Sartori (mais) alcançarem relevância no destino dos votos municipais de 2016: é que se mantenha a situação atual indefinidamente até as proximidades da campanha. Aí, sim, um percentual (hoje desconhecido) de eleitores poderá se influenciar a ponto de definir voto.
…OS PREOCUPADOS
Apesar da distância física de Dilma e Sartori das questões tratadas habitualmente numa eleição municipal, pode apostar: há gente preocupada. Em praticamente todos os partidos. Afinal, quem não é governo cá, é lá. E vice-versa. Isso poderá anular (ou não) influências alhures no debate sobre problemas e soluções da comuna.
Há controvérsias. PSOL e PSTU eram parte do PT (que é uma frente partidária com várias "correntes" mais ou menos coesas; PMDB também é, só que de partidos estaduais). PCO, outra "corrente" que saiu do Partido dos Trabalhadores afirma no site: "O Psol foi rapidamente absorvido pelo estado burguês por ser um partido dominado por políticos pequeno-burgueses, profissionais do estado capitalista e sem nenhuma vinculação real com a classe operária." Escrevem outras sobre PSTU. Entretanto, quando é para defender outro partido "de esquerda" no poder, se unem. Afinal existe uma "Internacional" e são todos primos. De repente até sobra uma boquinha.
Distância da Dilma e do Gringo vai dimuir bastante até a eleição. Pelo menos com as informações disponíveis hoje. Primeiro porque muitos candidatos falam que o problema principal é saúde. Tanto o estado como a União tem participação importante no financiamento. Segundo porque até lá existe possibilidade grande dos americanos elevarem os juros. Terceiro porque o Brasil caminha com banda de música para perder o grau de investimento. E a Dilma manda sinais de que não implementou o ajuste fiscal, reassumiu a economia (os dois estão lá para inglês ver) e está voltando com as velhas práticas. A crise que poderia enfraquecer no final de 2016 está entrando em 2017.