
A decisão não é confirmada oficialmente pelo Governo do Estado. Mas deve ser anunciada pelo governador José Ivo Sartori na manhã desta sexta, em entrevista coletiva. O quê? Vai pagar em dia o salário do funcionalismo no mês de abril, a partir de segunda-feira. Em contrapartida, não pagará a parcela deste mês da dívida do Estado com a União. Há quem diga que, junto, informará da intenção de questionar judicialmente algum aspecto da dívida. Isso está na conta do improvável, mas não do impossível.
A determinação de atrasar, por alguns dias que sejam, o pagamento da dívida foi tomada em reunião na noite desta quinta-feira, no Palácio Piratini. Isso depois de o governador ter ido a Brasília para tentar, em PAPO com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, receber parcelas atrasadas de repasses da União, que totalizariam algo como R$ 200 milhões, relativos aos primeiros meses deste ano.
Não houve sucesso. Daí a ideia que evoluiu durante o dia e consolidada à noite. Sobre a questão do pagamento, e também das conversas com Brasília, acompanhe material originalmente publicado pelo G1, o portal de notícias das Organizações Globo. A foto é de Luiz Ávila, do Palácio Piratini. A seguir:
“Sartori deve atrasar parcela da dívida com a União para pagar servidores…
…Após se reunir em Brasília com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e voltar sem recursos, o governador José Ivo Sartori deve anunciar na manhã desta sexta-feira (24) em entrevista coletiva que o governo do Estado vai atrasar o pagamento da parcela da dívida do Estado com a União para pagar em dia a folha de abril do funcionalismo público.
A decisão foi discutida em reunião na noite desta quarta (23) entre Sartori e os secretários do governo, no Palácio Piratini, após o retorno de governador da capital federal.
Sartori foi à Brasília solicitar o pagamento de repasses federais atrasados no valor de quase R$ 200 milhões. São R$ 150 milhões do Fundo de Incentivo às Exportações, atrasado desde janeiro, e outros R$ 48 milhões da Lei Kandir, que compensa as perdas dos estados exportadores com a isenção de ICMS. A União não depositou as parcelas dos primeiros quatro meses de 2015.
Joaquim Levy, no entanto, disse que o pedido seria examinado, mas que o governo não poderia atender ao pedido já que também se encontra em um momento delicado, trabalhando em medidas de ajuste fiscal. Após a reunião, o governador não confirmou se haverá ou não parcelamento de salários.
“O ministro também conhece a realidade financeira do Rio Grande, mas nós tínhamos que conversar, dialogar, até porque esses recursos não vieram até hoje para o estado e nós precisamos que eles viessem por que isso faz parte de todo o remanejamento que nós sempre fizemos para tentar saldar as questões da política salarial”, disse Sartori…”
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Preteou o olho da gateada.