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Encruzilhada. Os três caminhos possíveis para Renan, licenciado da presidência do Senado

Morrer atirando? Quem sabe salvar o mandato e retornar a Alagoas, pensando no que fazer em 2010? Ou, taaalvez, prorrogar por mais 45 dias a atual licença e retornar à presidência do Senado, de onde teria poder (desidratado, mas ainda assim poder) político para enfrentar o futuro?

 

É possível que existam outras alternativas para o alagoano Renan Calheiros, do PMDB, presidente licenciado do Senado. Mas é pouco provável. Esse trio de possibilidades é o tema do jornalista Kennedy Alencar, na coluna Pensata, que assina na Folha Online. Vale a pena ler. Confira:

 

“A encruzilhada de Renan

 

Com perdão do lugar-comum, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está numa encruzilhada. Tem três caminhos a escolher, mas ainda não está claro por qual deles seguirá.

 

Depois de resistir 150 dias e de negar a possibilidade de licença, Renan se licenciou do Senado. Viu ruir o apoio político no PMDB e no PT. E entendeu que seria apontado pelo governo e oposição como o responsável pelo eventual fracasso da aprovação da emenda constitucional que prorroga até 2011 a CPMF, o chamado imposto do cheque.

 

O realismo político o levou à licença. Renan decidiu devolver a bola da CPMF à oposição e ao governo. Se a emenda não for aprovada, essa conta não lhe será cobrada. Na próxima semana, Renan pretende voltar ao plenário como senador comum, apertar o botão das votações e ajudar o governo nas articulações para prorrogar o imposto do cheque.

 

Lula registrou positivamente o gesto de Renan. O peemedebista recebeu recado do governo de que a licença contribuiu para melhorar a perspectiva de aprovação da CPMF e que isso não será esquecido.

 

Nesse cenário, é sensato esperar que, ao final dos atuais 45 dias de licença, Renan tire outros 45 dias. Assim, daria tempo para a tramitação da emenda da CPMF chegar ao final.

 

Muita gente no governo e no Senado acredita que, aprovado o imposto do cheque, Renan voltará se sentar na cadeira de presidente preparado para nova ofensiva política desde que obtenha sinal verde de Lula. Este é um dos caminhos de sua encruzilhada.

 

O outro é o da volta a Alagoas. Traduzindo: negociar um acordo que evite a sua cassação em troca de não retornar à presidência do Senado. Nessa hipótese, renunciaria à presidência e ficaria na planície política do Senado. Cumpriria seu mandato até 2010, quando acabará o atual mandato de oito anos, e avaliaria a conveniência de um projeto regional.

 

Assim, tentaria preservar a força do clã Calheiros em seu Estado. Abriria mão da cena política nacional. Seria uma espécie de saída “José Roberto Arruda”, senador que renunciou ao mandato no escândalo da violação do Painel do Senado e que hoje reconstruiu sua carreira como governador do Distrito Federal. A saída “Arruda” é outro caminho.

 

O terceiro e último caminho da encruzilhada é voltar ao confronto político. Neste momento, Renan tem investido na distensão. Fez um gesto para apaziguar ânimos no Senado. Se todas as portas da salvação lhe forem fechadas, cogita reassumir a cadeira de presidente da Casa e enfrentar com mais ousadia a oposição e a imprensa. Nesse cenário, que não é o desejado por Renan, o peemedebista não morreria politicamente sozinho…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui  a íntegra da coluna Pensata, assinada por Kennedy Alencar, na Folha Online.

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