Navalhaço. Mesmo que alguns tenham saído da cadeia, bateu o pavor num monte de figurões
Por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, na noite deste domingo foram liberados, através de um hábeas corpus, o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares. Na mesma leva, deixou o xilindró da Polícia Federal, em Brasília, o presidente do banco oficial do Distrito Federal, o BRB, Roberto Figueiredo Guimarães.
Mas são, eles e outros poucos, exceção. A maior parte dos quase 50 presos semana passada pelos federais, acusados de corrupção, tendo todos como elo a empreiteira Gautama, da Bahia, vai ver o sol quadrado nesta segunda-feira. O mesmo dia, aliás, em que começam a ser colhidos os depoimentos de todos eles.
É muito provável, quase certo, que antes do final da semana, a totalidade esteja na rua. Quer dizer, em termos. Estão queimados na sociedade e com grandes dificuldades até mesmo para ir ao bar da esquina – por mais que respondam em liberdade por seus crimes lesivos ao tesouro nacional. Isto é, ao teu, ao meu, ao nosso bolso.
Há, ainda, a considerar, o efeito granadeiro – com o perdão da expressão. Tem muita gente ardendo (pra não dizer outra coisa). Por quê? Pela disposição da Polícia Federal em aprofundar as investigações em torno da empreiteira baiana e, mais que isso, ir em busca de outros larápios do troco nacional.
Não é por outra razão que há muita gente boa preocupada. E muito. Afinal, as perguntas da hora são: qual será a próxima ação dos federais? E, nela, quantos vão dormir no cadeião da PF, na capital federal? É. Pois é.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota Presos da navalha serão soltos depois de depor, de Josias de Souza, em sua página na internet.
Vale a pena ler também a notícia STF libera dois presos pela Operação Navalha, de Jeferson Ribeiro, publicada pelo portal Terra.
Confira também a reportagemEsquema gastou R$ 2 milhões em propina, publicada pelo G1, o portal da Globo, com informações do Jornal Nacional.
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