E a verdade? Jornalista mostra como a mídia grandona engole tudo. Que lhe convenha, claro!
Tenho reproduzido aqui, semana sim, semana também, ou quase isso, trechos da coluna Circo da Notícia, assinada por Carlos Brickmann, no sítio especializado Observatório da Imprensa. Nem sempre concordo com ele, mas isso não importa. O que interessa é que se trata de um olhar crítico sobre a mídia, vindo de alguém que a conhece como poucos.
Brickmann atuou em vários veículos conhecidos no País. Num deles, inclusive, O Estado de São Paulo, ocupou cargos de chefia na redação. E dele saiu para tocar sua própria vida. É diretor de uma das maiores consultorias de imagem e mídia do Brasil. Ah, e assessorou políticos importantes e influentes. Um deles? Paulo Maluf.
Cá entre nós, um sujeito desses é pra lá de insuspeito, aos olhos dos comuns (e dos desavisados também) mortais. Tem autoridade, por exemplo, para falar do assunto que deu manchete semana passada: a possível colaboração de gente do governo brasileiro em geral, e do PT em particular, com as guerrilhas colombianas.
Nem vou comentar. Leia você mesmo o que ele escreve, na reprodução do início da coluna de Brickmann nesta semana. Ah, vale a pena, depois, ler a íntegra – tem outros temas bastante interessantes. Acompanhe:
FARC E O GOVERNO – A primeira vítima, como sempre, é a verdade
A frase é atribuída ao senador americano Hiram Johnson: numa guerra, a primeira vítima é a verdade. A guerra não precisa ter tiros: pode ser também guerra ideológica. E a mentira não precisa ser completa (embora às vezes seja, como um diálogo inventado, e divulgado como se fosse real, entre um delegado e seu prisioneiro): às vezes, basta caprichar no destaque e um texto que pode ser ou não verdadeiro, publicado numa revista estrangeira de posição partidária definidíssima, vira verdade divina e passa a provocar repercussões e explicações que, a propósito, também não são lá muito verdadeiras.
A revista colombiana Cambio, estreitamente ligada ao governo de Bogotá, divulgou uma série de e-mails que teriam sido trocados entre dirigentes das Farc e membros do governo Lula. Fonte da informação, segundo a revista: o computador do falecido narcotraficante Reyes, morto no ataque colombiano a um acampamento das Farc no Equador. Pode ser que os e-mails estivessem no computador, pode ser que não; pode ser que tenham sido transcritos corretamente, ou não; pode ser que tenham sido escolhidos trechos tirados do contexto, ou não. Há uma notícia, sem dúvida; mas endossá-la e dar manchete é outra coisa. Como diria uma eminente personalidade brasileira, “menas, menas”.
O acerto que falta
Por falar em mentira, a turma que anda disfarçando a verdade bem que poderia combinar melhor para não ficar tão feio. A demissão de Jorge Rachid, por exemplo, virou uma grande piada: o governo divulgou publicamente que o secretário da Receita Federal se afastava “a pedido”, enquanto Rachid dizia a quem quisesse ouvir que tinha sido demitido, e com areia. Rachid está certo: foi demitido. Só não se sabe se a demissão se deveu a…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da coluna Circo da Notícia, assinada por Carlos Brickmann e publicada no sítio especializado Observatório da Imprensa.
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