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Coluna Observatório. “Sobram perguntas sem resposta sobre a Nova Sta Marta. Há gato na tuba?”

Quer dizer, então, que uma portaria do Ministério das Cidades, cujo titular é Márcio Fortes, do PP, assinada em dezembro passado, mais exatamente no dia 18, desobriga as prefeituras de apresentar escrituras de posse de áreas, desde que elas sejam para obras do Plano de Aceleração do Crescimento? E que, por conta disso, basta uma declaração do prefeito Cezar Schirmer, dando conta que a Nova Santa Marta já está na posse do município, para que não parem os trabalhos que beneficiam cerca de 20 mil pessoas? E que, portanto, não há mais (ainda bem) qualquer risco (se é que um dia houve) de perda dos quase R$ 42 milhões do PAC para aquela área? Quer dizer que é assim mesmo?

 

Então, já que a situação é essa, cabem algumas outras perguntas: e ninguém sabia disto? Nem a governadora Yeda Crusius, que gostaria de fazer uma solenidade de entrega da escritura, quando pendências judiciais alegadas fossem resolvidas? Nem o ex-prefeito Valdeci Oliveira, no exercício do cargo durante pelo menos até 13 dias após a assinatura da portaria? Nem o atual vice José Farret, do mesmo partido do ministro e que, por sinal, teve também atuação ativa na campanha, exatamente para garantir que o PAC continuaria de pé, com Farret e Schirmer? Nem o prefeito atual e sua assessoria, especialmente, o encarregado das obras do PAC, Nabor Ribeiro, no cargo há dois meses? E, no caso do coordenador, desde a transição?

 

Cá entre nós, são muitas perguntas sem resposta. Ou, pelo menos, nenhuma aceitável, do ponto de vista deste colunista. Menos mal que em algum momento, e foi na quarta-feira, tudo ficou esclarecido. Do contrário, e esta é a última pergunta, até quando se esperaria pela tal escritura?

 

Que diabo; por que essa história parece tão estranha a Observatório? Terá gato na tuba?

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