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A entrevista. Lula livre e leve. E com planos de eleger o sucessor. Que nem precisa ser do PT

Para quem assistiu, ouviu ou leu a entrevista coletiva (a segunda, em quatro anos e quase cinco meses de governo) ficou com duas impressões bem nítidas. Uma é a segurança e autoconfiança do Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que jogou de mão com os seus perguntadores. E a outra é a clareza com que esclareceu sua intenção de influenciar na própria sucessão. Resumindo: ele terá candidato. Que será da base aliada. Mas não necessariamente um petista.

 

Enfim, Lula se mostra livre e leve. O suficiente para arrostar para seu lado tantos quantos quiserem com ele governar. E não assume compromissos fixos e duradouros com quem quer que seja. Mais que isso: pretende apostar as fichas no Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), para o que quer apoio irrestrito de sua base e, quem sabe, da oposição.

 

É no PAC e suas decorrências, e sem um plano B (o que considero politicamente um perigo, como escrevi aqui ontem) é o grande indutor do otimismo lulista em relação ao crescimento da economia. De preferência com uma queda ainda maior dos juros básicos. E esta, a economia, é o motor do veículo que ele pilota e que poderá redundar na eleição de alguém que o atual presidente venha a apoiar. Seja ele do PT. Ou não. E aí Lula amarra as ambições de Ciro Gomes, por exemplo, às suas próprias.

 

Pode dar certo. Pode. E ficará ainda mais feliz o Presidente se for aprovada uma eventual mudança constitucional que acabe com a reeleição e aumente o mandato de quatro para cinco anos. O que ele defendeu agora publicamente. Nesse caso… Bem, nesse caso – e Lula não falou, mas não precisa ser adivinho – o caminho de volta estaria pavimentado, para 2015.

 

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira a reportagem“Lula rejeita 3º mandato, chama greve de 90 dias de férias e indica queda de juro”, assinada por Gabriela Guerreiro e Patrícia Zimmermann, da sucursal de Brasília da Folha Online.

Leia, igualmente, aqui, a reportagem “Eu quero fazer meu sucessor, diz presidente”, de Jeferson Ribeiro e Maria Clara Cabral, publicada pelo portal Terra.

Vale a pena conferir também a nota “Lula se diz atingindo a perfeição”, publicada pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo, em sua página na internet.

Por fim, para conhecer minha opinião sobre a proposta de acabar com a reeleição e ampliar o mandato presidencial de quatro para cinco anos, clique aqui.

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