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PT com Serra. Alternativa viável ou somente uma tese fantasiosa e pueril e mais nada?

O jornalista Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo e também colunista da Folha Online, o braço de internet do jornalão paulista, é um profissional de boas fontes em todos os fronts políticos. A partir do que escuta, escreve. Normalmente, observações pertinentes, ainda que eventualmente não se confirmem. Mais que isso: demonstra certa independência, o que ultimamente não tem sido muito comum entre os principais nomes da imprensa grandona.

 

Não é por outra razão que eventualmente reproduzo seus artigos e reportagens, com os meus habituais pitacos. Mas, agora, ele me deixou confuso. Que história é essa de um acordo entre o PT, ou parte dele, e o governador José Serra, do PSDB de São Paulo? O que há de fantasia ou realidade em tudo isso?

 

O diabo é que Kennedy, novamente, usa informações que permitem levar a uma série de conclusões, inclusive essa, aparentemente estapafúrdia. Mas será, mesmo? Que tal você mesmo conferir o texto, publicado originalmente na coluna Pensata, na Folha Online. A seguir:

 

“O PT e José Serra

 

“É mais fácil o PT apoiar o Serra em 2010 do que o Ciro.” A frase é de um dos principais deputados federais do PT e articulador da candidatura vencedora de Arlindo Chinaglia (PT-SP) a presidente da Câmara.

Por razões óbvias, ele pediu para ter o nome preservado. O ex-ministro e deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governador de São Paulo, o tucano José Serra, destaca-se entre os líderes da oposição.

O raciocínio, portanto, deve ser visto com reserva. É mais um indicador da deterioração das relações entre Ciro e os petistas do que sinal de uma articulação para uma aliança entre Serra e o PT.

As relações entre Ciro e os petistas nunca foram boas, mas pioraram após a disputa entre Chinaglia e Aldo Rebelo (PC do B-SP), ex-presidente da Câmara que não conseguiu se reeleger na noite desta quinta-feira (01º/02).

Ciro é um presidenciável do atual campo de forças políticas que apóia o segundo governo de Lula. Nos bastidores, petistas avaliam que a eventual eleição de Ciro em 2010 faria do PT um coadjuvante menor do poder. O partido tentará construir uma alternativa presidencial ao ex-ministro  – nome conhecido nacionalmente, candidato a presidente duas vezes e político bom de discurso.

Lula, que não poderá ser candidato a presidente daqui a quatro anos, gosta de Ciro, a quem é grato pelo apoio no segundo turno em 2002 e por um desempenho discreto e leal no ministério do primeiro mandato.

Mas e o tal apoio a Serra? O deputado federal responde: “Se o PT não conseguir um nome mais competitivo do que o Ciro, por que não apoiar o Serra se ele se dispuser a apoiar a Marta [Suplicy, ex-prefeita de São Paulo] para o Palácio dos Bandeirantes?”. Brincadeira. O parlamentar disse: “É, mais ou menos. O Arlindo [Chinaglia] vai ganhar hoje se tiver o apoio do Serra”.

Dito e feito. O petista se elegeria presidente da Câmara graças ao suporte no segundo turno de parte da bancada federal do PSDB. Chinaglia já propôs aos tucanos um acordo de cavalheiros na legislatura que ora começa. Deseja um entendimento para que aprovem uma agenda congressual comum, com nova restrição às medidas provisórias e reformas política e tributária.

Hoje, parece muito difícil que esse acordo de cavalheiros resulte numa aliança presidencial PSDB-PT em 2010. É mais realista supor que esse movimento de aproximação permita o final da guerra fratricida entre petistas e tucanos nos próximos anos, o que seria bom para o Brasil. Mas política e nuvens a cada hora estão de um jeito…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult511u289.shtml.

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