20 anos. No aniversário da Constituinte gaúcha, as palavras do seu presidente, Gleno Scherer
Há alguns dias, a Agência de Notícias da Assembléia Legislativa, está publicando (e distribuindo, pena que com pequena repercussão no restante da mídia) uma série de reportagens acerca da Assembléia Constituinte do Rio Grande do Sul – cujos trabalhos foram abertos em 2009, logo após a promulgação da Carta Magna de 88.
De minha parte, inclusive porque considero um importante documento histórico, e merece ampla divulgação, estou reproduzindo a seguir a entrevista feita como presidente da Constituinte gaúcha, o ex-deputado Gleno Scherer (foto), do PMDB. Confira o texto assinado por Andrei Fialho, com a colaboração de Rejane Silva. A foto é de Marcos Eifler. A seguir:
Gleno Scherer, o presidente da Constituinte
Reger a Assembleia Legislativa na elaboração da Constituição do Rio Grande do Sul. Este foi o desafio assumido pelo ex-deputado Gleno Scherer (PMDB). Presidente da AL em 1989, Scherer atuou como o maestro do processo constituinte, coordenando os trabalhos dos deputados na consolidação da Carta Magna do Estado.
Colega de classe, no Colégio Rosário, de Pedro Simon e de outras personalidades políticas nos meados dos anos 50, o cirurgião-dentista Gleno Scherer acumulou uma bagagem política que lhe garantiu em 1989 a presidência do parlamento do Estado, ano da construção e publicação da constituição gaúcha, e se manteve no cargo até janeiro de 1991. Além disso, tomou posse por nove vezes como governador, substituindo Simon como chefe maior do executivo rio-grandense.
A carreira de Scherer começou em Venâncio Aires, sua cidade natal. No ano de 1958, foi eleito vereador pelo antigo PTB. Em 1978, assumiu como vice-prefeito da cidade, sendo seu pai, Alfredo Scherer, prefeito eleito para o quarto mandato. Em 1982 se elegeu como suplente de deputado estadual pelo PMDB, assumindo como titular em 2 de janeiro de 1986. No mesmo ano foi eleito deputado, e reelegeu-se por mais dois mandatos, até janeiro de 1998, quando renunciou para assumir uma vaga no conselho do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Agência de Notícias – Como foi o processo para a sua eleição à presidência da AL?
Gleno Scherer – Fui escolhido como candidato de consenso. Na verdade, os deputados do PMDB Cezar Schirmer e Germano Rigotto pleiteavam a presidência da Casa. Neste processo de obtenção de votos, os dois parlamentares geraram divisão dos colegas de partido, criando uma situação desconfortável. Foi então que fui ao gabinete de Rigotto, e lá estavam reunidos os dois candidatos. Quando entrei na sala, Rigotto disse: Acabou de chegar o meu candidato, e Schirmer respondeu: E o meu também. Assim, de forma tranquila, o partido apresentou meu nome e fui eleito presidente da AL para a gestão de 1989.
Agência de Notícias – O PMDB era o partido de maior expressão política no Estado e no país, aqui eram 27 deputados e mais o governador. Houve interferência ou participação do Executivo na escolha da presidência e na formulação de emendas?
Gleno Scherer – Em nenhum momento. Sempre defendi a autonomia dos poderes, e isso era claro entre eu e Simon. Conversávamos e trocávamos ideias, mas nunca nos intrometemos no espaço um do outro. Na Constituinte, o governador sabia que as emendas eram para além de seu mandato, com isso não interviu no processo. Pensávamos as questões de relação política. Concordamos que era fundamental a participação do deputado Jarbas Lima (PDS) na mesa diretora da AL. Ele tinha e tem muito talento, e eu precisava dele como aliado. Por isso, Jarbas Lima ficou como presidente da Comissão de Sistematização…
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