Na prorrogação (2). Com absoluta certeza, não será Marta Suplicy que ficará ao léu
Se pudesse, Luiz Inácio Lula da Silva deixaria o ministério das Cidades com o PP, onde está e continuaria (ou continuará) Márcio Fortes. Da mesma forma, Fernando Haddad se manteria como o titular da pasta da Educação – até os oposicionistas reconhecem as qualidades dele, que é do ramo. E arranjaria um outro lugar para acomodar Marta Suplicy, que os dirigentes paulistas do PT insistem em colocar numa ou noutra, preferentemente noutra, para espicaçar Tarso Genro, padrinho político da indicação de Haddad.
Não se sabe, ainda, o que Lula fará. Exceto que Marta será ministra, pela mesma razão que o Presidente gostaria (mas não conseguirá) que Ciro Gomes fosse ministro. Aliás, que razão é esta, que não tem nada a ver com a pasta em que ambos poderia mandar? Quem conta, e tem fundadas justificativas, é o jornalista Tales Faria, do Informe JB, do Jornal do Brasil, em texto publicado pelo Blog dos Blogs. Confira:
Mais vale uma Marta na mão do que uma candidata voando
Ou por que Marta Suplicy acabará sendo ministra
O PT é e sempre será uma operação delicada para o presidente Lula. Primeiro, porque ali é a sua origem e políticos dificilmente sobrevivem quando abandonam suas origens. Depois, porque o partido é danado para criar casos, conturbar o governo. Mais complicada ainda é a facção paulista do PT. Pelos mesmos motivos citados acima.
No caso da briga entre Tarso Genro e José Dirceu, por exemplo, Lula estava por trás de Tarso, mas não queria nem podia afrontar Dirceu. Daí ter recuado e pedido aos demais ministros petistas que ficassem de fora. Mas não desistiu, e pretende voltar à carga no futuro para mudar o partido.
Agora o novo complicador é a pressão que o PT de São Paulo está fazendo para que Marta Suplicy seja ministra da Educação. Lula não gosta de pressões e está satisfeito com o atual ministro, Fernando Haddad, indicado por Tarso. Mas terá que ceder de alguma forma ao PT e a Marta.
A ex-prefeita de São Paulo é uma provável candidata a presidente da República em 2010. Se ficar de fora do governo, terá liberdade para declarar-se independente nos momentos em que o vento estiver soprando contra o Palácio do Planalto. Pode transformar-se em uma verdadeira consciência crítica da administração Lula, o que incomodaria muito.
Como ministra, deverá sempre obediência ao chefe. Veja-se o caso de Ciro Gomes, que foi absolutamente subordinado e até discreto como ministro. Agora que começa a colocar sua candidatura na rua, Ciro não quer ser ministro. É por essas e outras que, muito provavelmente, Lula voltará do carnaval disposto a anunciar a ex-prefeita de São Paulo para sua equipe do segundo mandato. A dúvida é se Marta fica com a pasta da Educação.
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