EXCLUSIVO. Poucas horas após a tragédia da Kiss, Kiko falou à policia. Confira a íntegra do que ele disse
Este editor teve acesso a todo o Inquérito 94/2013, da Polícia Civil, e que investigou a tragédia de 27 de janeiro – que matou 242 jovens e feriu pelo menos outros 600. O “Exclusivo” do título desta nota poderia ser também “em primeira mão”. O fato é que ninguém publicou o que você lerá a seguir – embora se trate de documento público e que está nas mãos de pelo menos meia dúzia de organizações e/ou pessoas, além, claro, do Ministério Público e do Judiciário, afora os advogados envolvidos no processo.
O que interessa, porém, é o que disse um dos principais réus da tragédia, Elissandro Spohr, o Kiko, empresário e sócio da boate Kiss. Também é importante porque foi um depoimento colhido bem em cima dos acontecimentos. Afinal, foi na tarde do domingo em cuja madrugada o incêndio (e suas decorrências) aconteceu.
Acompanhe um trecho do depoimento e, lá embaixo, acesse o “link” para ler a íntegra. São exatas duas páginas, as de número 65 e 66 do primeiro de 25 volumes que compõem o Inquérito (que contém outros 27 de anexos). A seguir:
“…Que a banda Gurizada Fandangueira toca na Boate uma vez por mês, que nunca haviam feito esse show pirotécnico e nunca pediram consentimento para que fizesse esse tipo de apresentação. Que o teto da Boate é de gesso e acima lã de vidro, sendo que no palco há uma primeira camada de esponja para isolamento acústico.
Que quando o alvará estava prestes a vencer, não recordando a data de vencimento do mesmo, encaminhou todos os documentos para sua renovação, pagou as guias, mas os Bombeiros ainda não haviam realizado a vistoria.
Quando decidiram abrir a boate obedeceram todas as normas pertinentes exigidas pelo Município e Bombeiros, inclusive o Município foi tão exigente e minucioso, que demoraram cerca de 1 ano para que ocorresse a liberação do alvará de funcionamento.
Que Mauro Hoffmann é sócio informalmente, mas não tem nenhum envolvimento direto, sendo que o mesmo possui apenas uma relação comercial, mas nenhum gerenciamento sobre o funcionamento da Boate.
Que não é verdade que tenham barrado a saída das pessoas, pois quando aconteceu estava na porta e foi um dos primeiros a abri-la. Que tem certeza absoluta que não foi barrada a saída até porque seria impossível, tendo em vista que era uma multidão de centenas de pessoas e há apenas duas pessoas cuidando da saída.
Que não é verdade que os seguranças estavam pedindo as comandas de pagamento, pois sequer seria possível…”
PARA LER A ÍNTEGRA DO DEPOIMENTO, CLIQUE AQUI.
O depoimento esta ai para todo mundo ler e a justiça achou por bem soltar, ai eu pergunto o que nôs povo em geral temos a ver com isso, para estar sendo proibidos até de fazer uma retreta na praça, por favor tem que cair a ficha.