É este o jogo. Você pensa no problema de hoje; eles estão interessados mesmo é em 2010

O cidadão comum se preocupa em viver dignamente. De inhapa, se possível, com o máximo de conforto para si e os mais próximos – que podem ser desde a família até os vizinhos, quem sabe a sua comunidade, se for um sujeito ainda por cima solidário.

Para isso, trabalha (quando tem emprego) e se diverte (falando na situação mais parecida com a ideal). Ah, e paga impostos, muuuuitos tributos. Muitos deles, até sem se dar conta – como o ICMS embutido nos produtos de alimentação ou na energia elétrica (aqui há até, dizem, bi-tributação) ou na CPMF.

Pois é. Esse é o cotidiano da maioria dos cidadãos contribuintes. Já os políticos, não. Estes pensam na comuna, na província e na nação. E é assim que tem que ser mesmo. Só que seu horizonte não é limitado pela necessidade de sobrevivência – exceto, claro, a política. O que, desde já afirmo, é legítimo e mesmo necessário. Sem a política não há democracia, pode acreditar.

Em todo caso, não deixa de ser interessante que, enquanto a quase totalidade está preocupada com o dia-a-dia, alguns imaginam cenários hipotéticos para, por exemplo, 2010. Isso mesmo, dentro de (praticamente) quatro anos. E em quem pode ser candidato ao Governo do Estado ou à Presidência da República. Não raro esquecendo que, dois anos antes, tem eleição municipal. Se bem que esse é um assunto nosso. Não deles. Não, mesmo?

SUGESTÃO DE LEITURA – confira AQUI a reportagem “Aécio se reúne com dirigentes do PMDB e descarta mudar de partido agora”, assinada por Andrezza Mataes, da sucursal de Brasília da Folha Online, o braço de internet do jornal Folha de São Paulo.