Observatório. Em poucos instantes, leia a versão original da coluna deste sábado, 2 de agosto
E NÃO É QUE, PARECE, INICIOU A CAMPANHA!
PODE ANOTAR: aos pouquinhos, mas de forma consistente, você verá pela cidade indícios (placas e muros, por exemplo) de que há, sim, uma campanha eleitoral em curso. E que você vai eleger prefeito, vice e vereador. Pode acreditar!
PESCARIA EM MARES ALHEIOS. E LONGÍNQUOS
Os nomes mais visíveis, ou que se dispuseram a aparecer, estão aí. O ex-vereador do PT, José Silva, assumiu publicamente o apoio ao candidato da aliança Juntos por uma Santa Maria Melhor, o peemedebista Cezar Schirmer. A ex-secretária de Educação Onileda Visentini, do PP, se apresenta à campanha de Paulo Pimenta, do PT, que lidera a coligação Santa Maria não pode parar.
Silva e Onileda são nomes conhecidos e de história na política santa-mariense e que se colocam à disposição candidatura às quais, historicamente, se opunham. Mas não são os únicos. Um lado e outro, entre os concorrentes principais à prefeitura, contabilizam mas não divulgam – apoios que, noutros tempos, seriam inusitados. Noutros tempos…
EITCHA, DEMAGOGIA, QUE NÃO ACABA NUNCA
Um candidato a vereador tem visitado residências de bairro localizado na zona sul de Santa Maria, entre Camobi e o Centro. No seu proselitismo, diz aos eleitores que, com ele no parlamento municipal, não haverá rua da comunidade sem asfalto. E mais: garante que será construída uma passarela sobre a faixa nova, com o que a segurança no trânsito é garantida.
Pura (ou impura, cá entre nós) demagogia. Não está na conta das responsabilidades parlamentares tratar desse tipo de assunto. Exceto como sugestão, nunca como solução. O interessante é que a denúncia desse tipo de comportamento – que, creia, não é único – tem partido dos próprios eleitores. O que permite supor a possibilidade de, enfim, a sociedade ter se dado conta que não se consegue votos dessa maneira.
As próprias homenagens, de tão banalizadas, hoje em vez de dar voto, fazem perdê-los. Há limite, afinal de contas, para o puxa-saquismo explícito, que não é mais tolerado facilmente. Nem mesmo pelos agraciados da hora.
A demagogia, e com ela a tentativa de confundir o eleitor oferecendo o impossível, será derrotada. Como aquele candidato da zona sul que, talvez não saiba, mas perde tempo em tentar se consagrar pelos antigos, e condenáveis, métodos.
HAJA PACIÊNCIA! AO MENOS PARA DOIS TEMAS
Da série ninguém agüenta mais:
1) a discussão intestina do PDT, que se encaminha para uma decisão, sabe-se lá quando, mas espera-se que antes da eleição, no âmbito do Judiciário.
2) o bafafá visceral do PPS, que parecia pequeneninho, com apenas um prejudicado por uma convenção (e que poderia ter sido atendido), e que se transforma em imbróglio político-judicial.
FRENTE DE ESQUERDA E SEMELHANÇAS HISTÓRICAS
Militantes do PCB, do PSTU e do PSol, que se uniram na Frente de Esquerda podem não gostar da comparação. Mas é a que surge, de imediato. A aliança que disputa a prefeitura lembra muito o PTdo início dos anos 80.
A absoluta questão que fazem – e é um comportamento legítimo, diga-se – de ideologizar a campanha, com a demarcação de espaços e a separação de classes, tem potencial de aceitação bastante razoável. É, no entanto, limitado eleitoralmente, como a história demonstra.
O que não quer dizer que não seja aceitável por uma parcela importante, olha a ironia factual, classe média. E não dos operários que o grupo pretende representar. Enfim, os votos a ser obtidos, não importa em que quantidade, virão muito menos do povo e bem mais da elite, não a financeira, mas a intelectual.
CANDIDATOS SOFREm MENOS, HOJE EM DIA. MAS NEM TÃÃÃO MENOS
A seção Não custa lembrar
Em 2 de setembro de 2000:
Vale tudo. Mas tudo mesmo – Para tentar garantir um lugar na cadeira principal do Centro Administrativo a partir de 1o de janeiro, pelo menos quatro dos cinco candidatos fazem de tudo. Vão a centro espírita, terreiro de umbanda, igreja evangélica. Templos os mais diversos estão na agenda. E sempre há uma velinha guardada para todos os santos. É um ecumenismo fantástico. Isso no plano espiritual. Já em terra enfrentam barro, chuva, sol, cachorro brabo e até eleitor brabo. Isso sem falar nos jantares. Há quatro ou cinco… por noite…
Hoje:
Passados exatamente oito anos menos um mês, a nota acima tem tudo para ficar no âmbito do folclore, dentro de algum tempo. Afinal, nesses tempos de troco escasso, é difícil acontecerem quatro ou cinco jantares por noite. E, inclusive, ao contrário de 2000, agora são apenas três candidatos. Então, eram cinco, dos quais quatro competitivos. Ah, mas uma coisa ao menos não deve se modificar, o ecumenismo. Sobrarão eventos no campo, digamos, espiritual. E ai do candidato a prefeito que não levar isso a sério. O eleitor leva. É o que conta.
2/8/2008
07:42:11
<B>Coluna Observatório.</B> Oh, dúvida cruel: quem é o amigão do Lair
A seção Luneta
Anote: avançam negociações acerca dos detalhes que levarão à ampliação do aeroporto civil de Santa Maria. Aguarda-se visitas importantes nos próximos dias.
Oh, dúvida cruel: quem seria esse amigo tão legal de Lair Ferst que, segundo o próprio, emprestou-lhe, sem quaisquer garantias, R$ 200 mil.
Aliás, também os federais estão particularmente interessados no benfeitor (o nome foi-lhe dito por Ferst) de um dos principais denunciados pela fraude no Detran.
É de grande agitação o ambiente comunicacional das candidaturas a prefeito de Santa Maria. É considerado fundamental, mais, muito mais que em outras eleições, o proselitismo via rádio e TV.
A propósito, o trololó rádio-televisivo começa no dia 19 de agosto. E vai até 3 de outubro. O momento é de ajustes, mas também de intensa pré-produção.
Não existe outro lugar, pelo menos do Rio Grande do Sul, em que a economia solidária seja tão forte e especialmente organizada quanto em Santa Maria.
O próprio Mercado Público, inaugurado e aberto à comunidade nesta sexta é só mais uma prova dessa pujança. Que, cá entre nós, faz bem a produtores e consumidores.
Será que acabará mesmo o suplício representado pelos robôs que atendem aos reclamos dos cidadãos nos anódinos call-centers dos mais diversos prestadores de serviços concedidos, como telefone, água e luz?
É neste sábado a festa de aniversário de Fabiano Pereira. Que, como habitual nessas ocasiões, tem tudo para ser, igualmente, um acontecimento político, além de social.
Uma boa aula de democracia e de valorização do parlamento, acontece na segunda-feira. Trata-se da promoção Deputado por um dia, da Assembléia Legislativa.
Entre os participantes, um grupo de alunos da Escola Professora Lélia Ribeiro, de São Martinho da Serra – que apresentarão um projeto na sessão vespertina deste dia 4.
Perguntinha claudemiriana: você já recebeu visita de algum candidato a vereador? Aproveite e pergunte, pergunte, pergunte. É fundamental. Se não para escolher, para rejeitar o(a) dito(a) cujo(a).
Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.
LULA E FARRET, OS SUPERCABOS ELEITORAIS
Presidente e ex-prefeito,
os alicerces do discurso
de dois dos candidatos
Afora as questões municipais, e elas deverão ser obrigatoriamente contempladas nos programas de governo – espera-se que com a devida previsão de onde tirar o troco para tornar factíveis as propostas – as duas principais alianças eleitorais para a Prefeitura se esforçam para ter um discurso capaz de mobilizar o eleitorado.
No debate promovido por A Razão e rádio Santamariense, há duas semanas, as estratégias já foram esboçadas. Mas, agora, com o andar da campanha (que, suspeita-se, deve estar começando), com certeza elas tendem a ganhar nitidez. Mas, que discurso será esse?
No que toca à coligação Juntos por uma Santa Maria melhor, Cezar Schirmer, do PMDB, demonstra na prática por que se esforçou tanto para ter ao seu lado o PP e José Farret. São a experiência e a popularidade do ex-prefeito os principais cabos eleitorais do peemedebista. Ele não tem como se colocar como novidade, uma moeda de troca bem ao gosto do eleitorado. Então, é mais correto se colocar como experiente. E nada melhor pra isso que ter ao lado alguém que foi duas vezes Chefe do Executivo.
Já a aliança governista Santa Maria não pode parar apresenta como trunfo a reconhecida (até pela oposição) boa administração de Valdeci Oliveira, muito bem avaliado pela última pesquisa disponível, e, sobretudo, o Presidente da República. Lula ostenta hoje, também conforme o último levantamento público, uma aprovação que passa bem dos 50%. E como seu adversário, pelas alianças internas feitas, não poderá dizer que é lulista também, Paulo Pimenta pretende deitar e rolar com essa condição. É o lulismo o cabo eleitoral preferencial do petista.
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