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Como se previa. Votação da nova CPMF pelo Senado só depois de 5 de outubro. O motivo é óbvio

Se os senadores quisessem, meeeesmo, resolver de uma vez a questão, bem que poderiam. Mas, de um lado, a oposição não consegue prever uma vitória – que seria a derrota, no caso, da Contribuição Social para a Saúde, a sucedânea da CPMF (com algumas modificações, de resto importantes). De outro, o governo teme perder votos de parlamentares preocupados com a aprovação de uma medida supostamente antipática.

 

Assim, “ficando bom para ambas as partes”, melhor adiar tudo para depois das eleições. Até lá, a oposição imagina poder consolidar-se e o governo quem sabe reaver votos hoje perdidos. Isso, claro, se não surgir alguma outra alternativa.

 

O presidente do Senado, por exemplo, como informa o jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, estaria articulando uma nova proposta. Garibaldi Alves Filho (na foto Geraldo Magela, da Agência Senado), do PMDB, imagina ser possível construir uma idéia que implique, por exemplo, em taxação maior sobre bebidas alcoólicas, cigarro e carros de luxo. É. Pode ser.

 

Em todo caso, especificamente sobre o adiamento de qualquer decisão sobre a CIS, acompanhe reportagem de Luciana Lima, da Agência Brasil. A seguir:

 

“Governo recua e Senado deve votar imposto para saúde somente após eleições

O governo decidiu esperar as eleições para retomar, no Senado, a discussão sobre a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), tributo que substituirá a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta no final do ano passado. A decisão foi tomada na reunião de líderes desta quarta-feira (18).

De acordo com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o governo tem interesse em discutir mais a matéria e por isso optou pelo adiamento.

A proximidade com as eleições foi o fator preponderante para o governo recuar. A defesa da criação do novo imposto iria ao mesmo tempo minar a imagem do governo e inflar os ânimos da oposição, por isso Jucá admitiu que o contexto pré-eleitoral influenciou na decisão.

“Não queremos atrelar isso com eleição municipal. Pelo contrário, queremos é desatrelar da eleição municipal. Temos que ter a responsabilidade e o equilíbrio de discutir essa matéria, que diz respeito a milhões de brasileiros, com muita tranqüilidade, e construir uma solução que dê mais recursos para a saúde”, argumentou.

Ao contrário do que ocorreu na Câmara, a oposição e o governo trocaram de lado na defesa da votação do projeto de lei que cria a CSS.

Na Câmara, a oposição optou por evitar, ou atrasar, ao máximo, a votação. Apelou para manobras regimentais, obstruiu as sessões, mas não conseguiu evitar a aprovação da proposta. Já no Senado, com a perspectiva de vencer o governo e derrubar a proposta, a oposição queria fazer…”

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Governo recua e Senado deve votar imposto para saúde somente após eleições”, de Luciana Lima, da Agência Brasil.

Leia também a nota “Garibaldi prepara, em segredo, alternativas à CSS”, de Josias de Souza, da Folha de São Paulo.

 

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