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Sons, cores e dimensões – por Pylla Kroth

Houve um tempo em que cores e música mudaram o comportamento de toda uma geração. O Rock foi o porta-voz de todas essas mudanças. Nascido nos anos 1950, “Pedras que rolam” e como rolaram, com nomes como Bill Haley, Chuck Berry com sua eletrizante guitarra e seus múltiplos passinhos, Jerry Lee Lewis com sua irreverência, Elvis com seu rebolado e seu romantismo, Little Richard com seus gritos alucinados e outros tantos, enlouquecendo a juventude e tirando da ordem o comportamento coletivo do mundo.

Esta primeira parte poderíamos chamar de preto e branco.  Sim, porque logo após, anos 1960 e 70, uniu-se ao rock o movimento de contracultura hippie, colorindo o mundo, mudando ainda mais o comportamento coletivo. Quem não conhece a celebre frase “Paz e Amor”? Os jovens do mundo passaram a usar roupas como calças jeans de pantalonas, boca de sino, batas indianas,acessórios artesanais, flores da cabeça aos pés, para se distanciar do mundo massificado e industrializado.

Bob Dylan lançou seu álbum de estréia em 1962, pouco antes da explosão do movimento hippie, e naquele disco já se percebiam elementos trazidos do folk, do blues acústico, do cancioneiro norte-americano e do próprio rock dos 1950. Junto com Joan Baez foram porta-vozes da geração de jovens politizados da época. Faziam música de protesto. Do outro lado do Atlântico, The Beatles nasceu por ai também, e depois vieram os malvados dos Rolling Stones. Beatles eu chamaria de angelicais, e Stones demônios, por que não dizer.

O mundo ia mudando mais rápido tendo o rock como expressão máxima. Ainda nos 1970 houve o famoso Woodstock, o festival que marcou definitivamente a influencia da música e das cores na mudança do mundo.

Desde o final dos anos 1980, no dia 13 de julho é comemorado o Dia Mundial do Rock, e como aqui em nossa Aldeia esse gênero musical, considerado o mais popular do planeta, tem uma força incrível e isso começou aqui em nossa aldeia também nesse mesmo período – chego até afirmar categoricamente que Santa Maria é o maior “Celeiro Roqueiro” do Estado e que nosso território mantém, com todas adversidades, uma grande produção artística de talentos desta área – a comemoração não ficará em um só dia. Isso mesmo, será um mês inteiro! E isso me deixa muito feliz, pois vivo nessa função há mais de três décadas. Serão 21 Shows, 10 Oficinas, 1Wokshop e 1 Exposição fotográfica, mostrando a cara do nosso Rock: músicos, fotógrafos, jornalistas, técnicos de som,empresários, e principalmente aos aficionados pelo gênero.

Lá se vão quase 60 anos de barulho e espero que este continue mudando as coisas no mundo massificado e corrompido pela ganância política e social de consumo e poder individual. Não está fácil nem para rico, nem para pobre, nem para o patrão, nem para o empregado, para educação e ensino, então, nem cabe começar argumentar ou se estender aqui, a injustiça anda à solta.

Chegou a hora de nos fazer valer dos princípios de protesto do rock. Vamos colorir e imaginar que podemos mudar o estado do direito de ser feliz e viver com dignidade, em pleno 2017, quenão estamos na sarjeta,que as coisas ruins sejam só um pesadelo passageiro, vamos nos engajar com autenticidade.

Não tenho dúvida alguma que o Rock continua sendo uma das forças culturais mais significativas. Portanto, vamos fazer valer nossa força. Sentei aqui para escrever uma crônica neste espaço semanal que me é cedido pelo site do Claudemir Pereira, mas não me contive e tive que começar minha manifestação por aqui. Meninada dos 13 aos 70…vamos nessa? Quem sabe este não seria o grande caminho pra esperança em dias melhores. Protesto com um pouco de PAZ E AMOR. Quem sabe não será no Mês do Rock com nosso grito de protesto pacifico e colorido que conseguiremos derrubar essa corja de vermes bandidos que comandam o País? Quem sabe…quem sabe…Seria pedir muito?

O Pylla será homenageado neste grande evento, agradeço e repasso as homenagens a todos que comigo e com o rock mudaram as coisas em nossas vidas. Vida longa ao rock nosso de cada dia! Viva o Rock santa-mariense! Viva o rock universal!

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esta nota é uma reprodução da internet.

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