IMPRESSA. Na coluna desta quarta, a relação entre docentes da UFSM e o sindicato. Estaria deteriorada?
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta quarta-feira, 15 de julho, no jornal A Razão:

Docentes e sindicato, relação deteriorada?
A Seção Sindical dos Docentes da UFSM realiza duas assembleias hoje. De manhã, em Palmeira das Missões; à tarde, em Frederico Westphalen. Amanhã, o mesmo acontece em Cachoeira do Sul. Nas três, o mesmo tema. Idêntico ao tratado na segunda em Santa Maria. Isto é, a adesão à greve nacional da categoria, o que é defendido pela direção da Sedufsm e foi derrotado duas vezes. Agora e antes, em 27 de maio.
Decisões pró ou contra, de assembleia, ao que propõe uma direção sindical são fatos normais. O que há de diferente, na UFSM, se é que se pode falar disso, é a constante dissonância entre o que os sindicalistas pensam e o que está na cabeça da base.
Quando isso ocorre, talvez esteja mais que na hora de os dirigentes repensarem métodos de debate e a sua relação com os liderados. Antes que a base os atropele. O que é ruim não só para a direção eventual, mas para o movimento sindical como um todo. Mas, enfim, é só uma opiniãozinha.
OS DILEMAS DO PP…
Parte do PP, incluídos alguns grandões, afora crerem na sinceridade de Cezar Schirmer, sobre o apoio deste a José Farret, não tem a mesma convicção em relação ao partido do prefeito, o PMDB. Sonham com um peemedebismo afinado com o Palacete da SUCV, oferecendo o nome do vice do atual ocupante do cargo. Mas…
…E DO PMDB TAMBÉM
Já no PMDB há, Schirmer a parte, reação em aderir a José Farret. Não porque desgostarem do atual vice, que se manteve fiel nos dois mandatos. O busilis, meeeesmo, de uns e outros, é que desacreditam da vitória com Farret. Se for para perder, como disse um ao colunista, preferem ir com candidato próprio e fortalecer a legenda. Pois é.
FENÔMENO SE REPETE
Em todos os períodos pré-eleitorais é assim. E nada indica que mudará. Potenciais concorrentes à Câmara, ou que se imaginam como tal, buscam cavar espaço em tudo quanto é lugar. Inclusive com os jornalistas. Este escriba já contabiliza três casos, ao menos. E olha que ainda falta um ano para as convenções que os tornarão, ou não, candidatos.
SONHO DE CONSUMO
Uma pessoa, entra eleição e sai eleição, não sai da cabeça dos líderes partidários. Imaginam que, com ela na chapa para a vereança, a bancada será gorda. O colunista concorda com eles. Mas, podem apostar: não passa de sonho. Afinal, a irmã Lourdes Dill; sim, é dela que se escreve aqui; não é candidata.
Fritz,
o problema é que os sindicatos jogam o erro sempre para o outro lado. Dirigentes têm se mostrado incompetentes, sim. Coo professores são péssimos exemplos. A oposição está ruim também. E aí vão ficar nesse jogo de empurra empurra só? Já se passa a hora das representações de classe terem planos estratégicos, noções e conhecimento abrangente, atuação focada e ações bem feitas. Nem a linguagem empregada pelos sindicatos são entendidas hoje. E o problema é do outro, de novo?
A futura República Sindicalista da UFSM. Galera do movimento estudantil, pelo que consta, também não é muito assíduo às aulas.
Professores que ocupam cargos anos a fio, enquanto estão numa coordenação ou direção não precisam dar aula.
Também existem os "doutores", seres que pairam entre o céu e a terra e acham o fim da picada terem de se rebaixar e lecionar para a graduação. Outros não produzem nada, fizeram o doutorado só para ganhar a gratificação. Alguns, além de produzir nada, criticam os que o fazem "porque ninguém garante a qualidade, só tem quantidade".
Problemas há, mas tem uma galera que dá o sangue, que trabalha e produz. Inclusive em finais de semana e feriados.
Possíveis candidatos procuram cavar espaço com o editor? Quantos já conseguiram e/ou sempre tiveram? Qual o partido?
Uma pergunta: tem alguma autoridade moral quem faz acusações por trás de um pseudônimo?
O que se percebe, claramente, é que boa parte dos chamados críticos de assembleias e do debate sobre greve, é que jamais participam de nada, e só vão às plenárias pelo simples motivo de que querem votar contra a greve, ou seja, de forma oportunista. Há ética nesse tipo de atitude, tendo em vista que boa parte, se não a maior parte, sequer é filiada ao sindicato, portanto, não se envolvem, não contribuem com qualquer possibilidade de melhoria na atuação da entidade de classe da categoria.
Talvez as assembleias devessem ser transmitidas em tempo real para ver o nível da (falta de) politização mais basilar de alguns professores.
Ontem, foi divulgado um texto do professor Ronai elogiando o prof. Juca pelo seu protesto "bem-humorado".
Não sei o que o prof. Ronai entende por bem-humorado, mas na assembleia de segunda-feira, o prof. Juca só faltou agredir funcionários da Sedufsm que estavam na recepção.
O mesmo prof. Juca, na greve de 2012, saiu correndo de uma assembleia após ter sequestrado o livro de presenças.
Mas, por último – e destaco para quem não sabe- não sou professor, sou um reles jornalista quem nem deveria estar me manifestando, mas acredito que devo fazer isso por uma questão de respeito aos fatos- o que é arcaico mesmo é este debate paupérrimo sobre haver interesse partidário nas questões sindicais.
Algumas dúvidas que me surgem: se o sindicato, por propor uma greve, que é nacional, é partidário, todos os "exaltados" que rugem contra a greve, são ligados ao PT ou à base de apoio ao governo?
Com todo o respeito, o movimento docente, ao qual acompanho desde a década de 90, já teve discursos conservadores de melhor nível.
Opiniãozinha certeira!
A Sedufsm tem se mostrado umas instituição moribunda, assim como são as aulas dos seus dirigentes (ou a falta de aula que os professores dirigentes proporcionam aos alunos). O exemplo dos dirigentes, como professores que não comparecem às salas, contamina o seu trabalho na associação, lento, moribundo, sem planejamento e efetividade. Assim, não há quem confie na representação proposta, arcaica e partidária.