CONGRESSO. A distorção que fará com que até 2/3 dos senadores estejam lá sem ter tido um único voto

A posição deste editor é clara desde sempre: o parlamento deveria ser unicameral. O Senado é totalmente dispensável. Mas também sabe que essa possibilidade é remota, mesmo com uma constituinte exclusiva para a reforma política.
No entanto, o mínimo que se pode exigir é que senador tenha voto. Por exemplo, na ausência do titular, nada de suplente assumir. Quem deveria ocupar o cargo é o segundo colocado. Dito isto, e para comprovar a tese, olha só o que aponta o LEVANTAMENTO do portal Transparência Brasil, e que é o tema da reportagem de Piero Locatelli, publicada na versão online da revista Carta Capital. A foto da Agência Brasil. A seguir:
“Senado pode ter um terço de políticos ‘sem voto’ em 2015…
…Políticos que não receberam nenhum voto nas urnas poderão ocupar mais de um terço do Senado Federal nos próximos quatro anos. Segundo levantamento da ONG Transparência Brasil, até 28 das 81 cadeiras poderão ser ocupadas por suplentes na próxima legislatura.
Atualmente, a bancada dos ‘sem voto’ é de 18 congressistas. Outros oito suplentes podem ocupar vagas com a eleição de senadores ao cargo de governador. Dois senadores eleitos já conseguiram vitórias no primeiro turno das eleições para governos estaduais: Pedro Taques (PDT), no Mato Grosso, e Wellington Dias (PT), no Piauí.
Outros seis senadores concorrem ao governo no segundo turno e podem sair do cargo, abrindo espaço para nomes mais desconhecidos. São eles: Eduardo Braga (PMDB-AM), Eunício Oliveira (PMDB-CE), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Delcídio do Amaral (PT-MS), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Além deles, a chapa tucana à presidência da República conta com dois congressistas: Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Caso os tucanos vençam esta eleição, eles serão substituídos na casa legislativa.
Entre os dez suplentes que podem assumir a cadeira, somente três já exerceram cargos eletivos. Seis deles exercem algum tipo de atividade empresarial…”
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A posição do editor é conhecida. E o PT concorda com ele, extinção do Senado. Por coincidência, concordam com o financiamento público de campanha também.
E o Senado não pode ser extinto porque " Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado". Os Estados precisam ser representados. Alguém pode dizer que os municípios não são representados. Bueno, e quem vai pagar uma terceira câmara com mais de 5000 parlamentares?Claro que isto pode ser ignorado amanhã ou depois. Brasil não é um país sério e é muito esculhambado.
Por isto que os "espertos" queriam uma constituinte "exclusiva". Elegem uma cambada que está sem mandato, compram uma maioria e a reforma que sai não é só política. Cláusulas pétreas que não interessam dançam. Emplacam uma constituição nova do jeito que querem.