PMDB afasta CCs quem não são do partido. No Case, tucano é substituído por peemedebista
Está surtindo efeito a pressão feita pela Coordenadoria Regional do PMDB. Nomes não alinhados com o partido, nomeados desde o início da administração Germano Rigotto e que, agora, apóiam outros candidatos, tendem a perder os cargos de confiança que ocupam em Santa Maria e região.
Num sinal inequívoco de que os peemedebistas não acreditam mais na possibilidade de um acordo com o PSDB, que vai mesmo bancar a candidatura ao Piratini da deputada federal Yeda Crusius, os tucanos têm a primeira cabeça ceifada.
Foi confirmada nesta segunda-feira a exoneração (a ser confirmada no Diário Oficial do Estado de terça) do gerente regional do Case (Centro de Atentimento Sócio-Educativo), a antiga Febem, Vitélio Rossi de Freitas. Ele será substituído pelo advogado Robson Zinn, do Diretório Municipal do PMDB de Santa Maria.
Ao que tudo indica, Vitélio é apenas o primeiro. Em seguida, está na mira a coordenação regional da Secretaria de Obras, ocupada por representante indicado pelo PP, Partido Progressista, que deverá ter Francisco Turra, como candidato a governador e com quem, aparentemente, não há chances de uma composição.
Mas logo, logo se saberá. Na tarde desta terça-feira, reúne-se, em Porto Alegre, a executiva estadual do PMDB, em encontro convocado pelo presidente do partido no RS, o senador Pedro Simon. Os dirigentes do partido, entre outros temas, definirão a data da convenção que vai homologar o nome do próprio Simon como candidato à reeleição ao Senado e o de Rigotto como concorrente, outra vez, ao Governo.
Segundo pude apurar, na tarde desta segunda, é provável que o PMDB tenha sua instância máxima no estado reunida apenas no dia 30, última data disponível no calendário elaborado pela Justiça Eleitoral. Assim, ganha-se tempo para uma decisão definitiva do próprio Rigotto, além de se aparar arestas com outras siglas que eventualmente poderão ser aliadas. E todas elas devem fazer suas convenções antes disso.
No encontro da Executiva, também vai-se discutir os cargos de confiança. O principal deles é o da Presidência do Instituto de Previdência do Estado (IPE), por enquanto ocupada pelo pepista Otomar Vivian – que já deixou clara sua intenção de sair, inclusive porque presidirá seu partido no Estado, no período pré-eleição. A idéia dominante é que a função seja dada a um peemedebista, refletindo-se essa tendência em todo o Estado.
É, acabou a brincadeira. Agora, é só campanha eleitoral. E não há anjos no pedaço.
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