Não mudará. Projeto de reforma política vai a passos de cágado. Com câimbras, provavelmente
Antes que alguém acuse o autor (nem sempre) humilde destas linhas de estar praticando o esporte da escatologia, esclareço que a definição número 3 do Dicionário Aurélio de que disponho indica, para a expressão cágado, que se trata de indivíduo lerdo, vagaroso, moleirão. Já a expressão câimbras aposta no título desta nota é uma homenagem ao amigo Antonio Candido Ribeiro, o Candinho, que fala sempre em jabuti com câimbras.
Dada a explicação para a terminologia, o que interessa, de fato, é que o congresso brasileiro não vai aprovar porcaria nenhuma de reforma política. É o que penso. E por quê? Simples: porque contraria os interesses dos atuais detentores de mandato parlamentar.
Afinal, por que votarão eles pelas listas partidárias, se o sistema atual lhes é conveniente? E o financiamento público, por mais que barateie as campanhas eleitorais, que benefício trará aos quase 600 deputados e senadores, todos eles já com seu esquema (no melhor e no pior sentido do termo) definido, montado e azeitado?
Diante disso, e concordo com a comentarista do SBT, Helena Chagas, sobram apenas duas questões que, talvez, recebam resposta positiva (confira a sugestão de leitura, ao final deste texto). E uma delas, meio na obrigada. Seria a tal de fidelidade partidária – que pode ser sufragada no Supremo Tribunal Federal, depois de interpretação do Tribunal Superior Eleitoral, que disse ser do partido, e não do candidato, o mandato conquistado nas urnas.
A outra não fede nem cheira. Por isso pode ser aprovada: trata da federação partidária, que muda o conceito de coligação. Mas sem grandes conseqüências. E nada além disso. Pode esperar. Embora seja uma pena, os parlamentares não pensam na Nação. Apenas e tão somente neles. E ponto.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira a nota Uma reforma reduzida à sua mínima expressão, assinada por Helena Chagas, comentarista do SBT, e publicada no Blog dos Blogs.
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