Descrer o editor não descrê. Afinal, já viu muita coisa. Mas duvidar é uma imposição. Afinal, é perfeitamente possível greves em obras da Copa 2014. Salvo engano, tem até uma em andamento, na do estádio Mané Garrincha, em Brasília. Como houve, não faz dois meses, paralisação das obras na reforma do Maracanã, no Rio de Janeiro.
Agora, é possível supor que uma entidade global possa conseguir esse feito no Brasil? Bem, seus dirigentes acham que sim. E disseram isso e outras coisas à BBC Brasil, na reportagem assinada por João Fellet. Confira:
“Sindicato global mira obras da Copa 2014 e defende possível greve geral
Um sindicato global que coordenou uma série de greves e mobilizações em obras da última Copa do Mundo, na África do Sul, agora tenta articular sindicatos brasileiros para exigir maiores salários e melhores condições de trabalho na construção e reforma dos estádios nacionais que vão sediar o próximo evento, em 2014.
Segundo um representante da ICM (Internacional de Trabalhadores da Construção e Madeira), grupo que representa 12 milhões de trabalhadores mundo afora, a pressão para acelerar as obras da Copa no Brasil e condições inadequadas de trabalho estão sobrecarregando os operários, que em resposta poderão organizar uma greve geral no ano que vem, a exemplo do que ocorreu na véspera do Mundial na África do Sul.
“Se não houver uma negociação à altura de uma Copa do Mundo, que garanta aos trabalhadores condições dignas de trabalho, registro em carteira, uniformidade entre o que é pago numa cidade e em outra, é bem possível que ocorra (uma greve geral em 2012)”, diz à BBC Brasil Maurício Rombaldi, membro da ICM e coordenador da Campanha por Trabalho Decente na Copa 2014…”
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