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Leia o artigo do Presidente da Câmara. É importante

A superficialidade da crítica
      Ver. Júlio César Brenner – Presidente da CVSM
      A Comissão de Serviços Públicos da Câmara de Vereadores de Santa Maria decidiu visitar moradores de bairros da cidade. A iniciativa ganhou forte repercussão na mídia. Chamou-nos a atenção que, ao invés da abordagem jornalística centrar sua crítica na intenção dos vereadores, um expediente político sem possibilidades de oferecer soluções imediatas, preferiu valorizar a eventual utilização de carro oficial para o transporte dos vereadores.
      Uma polêmica que poderia ser saudável, tornou-se deprimente.
      Não se divulgou se há urgência ou emergência, se é possível atender algum dos pleitos, se a Prefeitura está cumprindo suas atribuições básicas com tudo aquilo que “está lá para todo mundo ver” desde que se queira ver e se tenha disposição para ir ao local em que vivem aqueles que de fato precisam do serviço público.
      Nada disso foi discutido. A imprensa, por sua vez, preferiu abordar a superficialidade inócua se “os vereadores devem ir aos bairros com “um carro oficial ou com seus carros particulares”.
      O nascedouro da polêmica estéril estava no fato de que como os vereadores recebem para deslocamentos a qualquer tempo e a qualquer local uma cota individual de combustível, não deveriam utilizar o carro oficial pois configuraria um privilégio. Mas, no caso em questão as visitas não tinham caráter individual, eram representativas de uma comissão permanente para a qual os veículos são permitidos o uso desde que solicitados formalmente.
      E, o que é pior, o editor de política de um jornal acompanhou uma das visitas, como para conferir pessoalmente o caráter “público” da ação, reproduziu as queixas dos moradores mas cometeu o erro de afirmar que “desta vez foi carro oficial junto com carro particular”. Nessa vez NÃO HAVIA carro oficial. A legenda da foto, com o carro do vereador Jorjão semelhante ao da Câmara, equivocou o repórter editor.
      Já, em outro jornal, o exagero se deu na manchete, ao afirmar que estava aberta temporada de gastos na Câmara de Vereadores, sugerindo que o Poder realizava despesas desnecessárias e por atacado. Não foi averiguado o porquê de tais compras e se o meio de aquisição obedecia critérios legais. Isto revela a prática de um jornalismo não sério.
      É importante observar que abordagens assim revelam-se superficiais, imediatistas, quase sensacionalistas, prejudiciais ao trabalho que se quer sério e dos vereadores que estão começando, cheios de vontade e energia. Eles mereceriam ser estimulados ou, na melhor das hipóteses, orientados a um desempenho eficiente, mas nunca açodados ou podados em suas legítimas iniciativas de cunho coletivo.
      Entre a abordagem editorial controversa e a manifestação espontânea dos leitores, ficamos com a do leitor Adelar Vargas dos Santos, presidente da Associação Comunitária do Residencial Piratini, que escreveu na seção Cartas, “Não sou contra. Acho uma iniciativa muito boa e que os vereadores deveriam fazer com mais freqüência.(…) Gostaria de dizer que avisassem ao menos o presidente da UAC formalizando uma agenda. Assim os moradores poderiam receber melhor e, até mesmo, fazer uma grande reunião na comunidade”. (Diário SM, 1º/02/2005, p. 15).

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