Opinião. Vai sobrar de novo para o assalariado. E, em última análise, para o aposentado
Vem aí mais uma reforma da Previdência, considerada uma das vilãs para qualquer projeto de desenvolvimento elaborado por qualquer governo nos últimos 20 anos, pelo menos. O curioso, ou trágico, é que não se encontra uma idéia criativa a respeito do rombo das finanças previdenciárias, exceto um: o que contribui e o que usufrui, depois de muito contribuir.
É. É isso mesmo, o assalariado é que vai pagar a conta. Seja agora, aumentando a contribuição (será?); seja mais tarde (no caso, beeeem mais tarde) , quando pretender se aposentar. Essa lógica pra lá de perversa é combatida, em artigo publicado no site ABC Politiko, assinado pelo presidente da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Antonio Carlos dos Reis Salim, que também é do sindicato dos Eletricitários do Estado de São Paulo e da Federaluz. Confira:
Cortesia com chapéu alheio
É lamentável verificar, no Brasil, que a repetição de algumas mentiras acabe forjando conceitos nos quais todos passam a acreditar como verdades absolutas. O mais grave é quando tal vício tem influência negativa na solução de problemas reais. Exemplo emblemático desse estigma cultural brasileiro está na ordem do dia: a Previdência, eternamente acusada de ser uma das vilãs das contas públicas e protagonista de crônico déficit. Entretanto, basta conhecer um pouco o sistema ou analisar com mais atenção os dados para constatar a realidade dos fatos.
Embora possa parecer surpreendente para alguns e constrangedor para outros, que continuam usando o recurso de manipular informações para defender medidas e posições nem sempre alinhadas aos interesses maiores do País, a verdade é que não há déficit na estrutura estritamente previdenciária. O INSS somente é deficitário porque o governo incluiu na sua conta, dentre outras despesas, mais de 18 milhões de idosos. Esse expressivo contingente de brasileiros jamais contribuiu para o sistema e representa uma demanda à parte, que deve ser bancada pelo Tesouro, como qualquer programa social, em qualquer país bem administrado do mundo.
Tal análise é preponderante neste momento em que, mais uma vez, como se observa no farto noticiário da imprensa, se aventam mudanças na previdência, que, naturalmente, provocam incerteza e medo nos trabalhadores que contribuem mensalmente para o sistema. Parece ser um triste desígnio do destino imputar aos trabalhadores o peso de sustentar parte das obrigações sociais do governo. A prática já era comum nos regimes de exceção, mas segue, firme e forte, sob as benções de governantes que, ironicamente, participaram do processo de redemocratização.
Vejamos: em passado não muito distante nas memórias da história, a poupança da Previdência foi amplamente utilizada para financiar grandes obras do governo militar. Esses recursos jamais foram devolvidos à fonte de sua origem. A Previdência continuou deficitária… Hoje, o sistema é utilizado para pagar aposentadorias e pensões a quem jamais contribuiu com recursos, arcando com contas que não são suas. É óbvio que continua deficitário! A matemática é inexorável: se há muito mais gente recebendo do que pagando, não há como ter superávit e tampouco equilíbrio.
Toda vez que se toca na questão do déficit público, vem à tona o problema da Previdência. Enquanto isto, os aposentados e pensionistas que recolheram suas contribuições a vida toda são tratados com inaceitável indignidade nos postos do INSS, enfrentando filas absurdas num momento da vida em que deveriam estar sendo assistidos com eficácia e protegidos pelo Estado. É preocupante constatar que a
SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do ABC Polytico na internet, no endereço http://www.abcpolitiko.com.br/?secao=secoes.php&sc=3&url=ideias.php.
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