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Greve na UFSM seria uma aventura. Os líderes não dizem, mas sabem que é isso

Novidade, novidaaaade, não é. Pelo menos para o leitor desta página. Mas, enfim, não foi desta vez, ainda, que os professores da UFSM deflagraram greve. Veja a nota divulgada pela assessoria de comunicação do Sindicato Docente e, mais abaixo, o meu comentário:
     
      Docentes da UFSM adiam decisão
      sobre entrada em greve

     
      Mesmo havendo quórum para decidir pela deflagração de greve, conforme orientação das decisões tomadas em Brasília, no último dia 19, durante reunião do setor das federais do ANDES, os 133 participantes da assembléia desta tarde, no Auditório Gulerpe, preferiram deixar para a próxima quinta, 1º de setembro, a decisão de aderir ou não a uma greve nacional. O número mínimo de pessoas para deflagrar greve, conforme o estatuto da Seção Sindical, é de 10% do total de associados, o que corresponderia atualmente a 120 professores. Esse quórum para deliberação só foi obtido após mais de uma hora do início da assembléia.
      As manifestações feitas na plenária foram no sentido de que uma possível reunião entre o Ministério da Educação e o Sindicato Nacional, dia 30, em Brasília, pode mudar as perspectivas de negociação salarial, até então fechadas pelo governo, e, por isso então, o adiamento da decisão. A assembléia da próxima quinta-feira ocorrerá à tarde, em local no campus que ainda será divulgado. A SEDUFSM buscará ao longo da próxima semana uma série de iniciativas para a mobilização da categoria.
     
      COMENTÁRIO MEU: Antes de mais nada, é preciso saudar o fato de 133 docentes terem participado da Assembléia. Mesmo que isso tenha ocorrido ao longo do evento. Mas é importante que, pelo menos, chegou a 10% (um pouco mais) a presença. Porém, como já escrevi aqui, escudado na opinião de lideranças expressivas da categoria, uma greve, para ter chance mínima de sucesso, deve ter a aprovação de pelo menos 200 docentes. Ela até pode sair com número inferior, mas estará fadada ao fracasso.
      Nesse sentido, e tendo clara essa circunstância, é preciso dizer que os líderes, e os que compareceram hoje, tomaram a melhor atitude. A recomendada pela prudência. E apostando que, afinal, se possa negociar algo mais expressivo nessa possível reunião em Brasília, na próxima semana.
      Se serve como consolo, as informações que me chegaram agora, no final da tarde, indicam que a participação docente foi ainda menos significativa em outras universidades federais do País. O que dá bem a medida da desmobilização. Não se trata, definitivamente, de um caso santa-mariense, mas nacional.
      Objetivamente, ninguém quer apostar na aventura. Isso é sinal, sim, de maturidade dos sindicalistas.

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