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Quarta-feira, o dia da renúncia do Severino

Parece definitivo – ainda que com Severino Cavalcanti não custa ter um pé atrás. Amanhã, às 18h30, o pernambucano eleito Presidente da Câmara dos Deputados por PFL, PSDB, PP e parlamentares esparsos da maioria oposicionista, fará um discurso no plenário. Nele, comunicará sua decisão de renunciar ao cargo e ao mandato – única forma de evitar o processo que poderia levar à sua cassação e a inelegibilidade por oito anos.

Com sua atitude, Severino garante, além da possibilidade de concorrer outra vez em 2006, a própria aposentadoria, levando para casa, mensalmente, perto de R$ 10 mil. Também conseguiu, após muitas negociações, manter o filho na Delegacia Regional do Ministério da Agricultura, em Recife, e Marcio Fortes no Ministério das Cidades, cargo que barganhou com o Presidente Lula, com quem conversou na noite desta segunda-feira.

Aliás, é, dentre todas as notícias que li na internet nesta terça-feira, a que trata especificamente desse encontro a que escolhi para reproduzir aqui. Ela foi divulgada pouco antes do meio dia, no site Globo Online, assinada pelos jornalistas Maria Lima e Evandro Éboli, do jornal O Globo. Ei-la:

Lula manterá os apadrinhados de Severino
Num encontro no Palácio do Planalto, que durou cerca de uma hora, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), foi recebido segunda-feira à noite pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anunciar que abandonará o cargo e o mandato e voltará para Pernambuco.
Severino apresentou a Lula as opções que lhe restam: afastamento e renúncia ao cargo ou ao mandato. Mas Lula repetiu o que já havia dito a interlocutores de Severino: “Essa é uma decisão muito pessoal”.
O discurso de renúncia, no plenário da Câmara, deverá ser às 18h30m desta quarta-feira.
Lula deixou claro que manterá no governo os apadrinhados do presidente da Câmara, que ocupam apenas dois cargos: Djalma Rodrigues está na Petroquisa e o filho de Severino, na delegacia da Agricultura em Pernambuco. Severino disse a Lula – e vai repetir em seu discurso de despedida – que está sendo vítima de armação política, mas que não teria condições de continuar, pois desgastaria mais a instituição. Lula não opinou sobre o que Severino deveria fazer.
Embora a assessoria do presidente da Câmara tenha dito que ele não informou a Lula que iria renunciar ao mandato, ao longo do dia Severino deixou isso claro a seus interlocutores e aos emissários do presidente.
Completamente transtornado e confuso – ora achava que poderia ser absolvido no plenário, ora que poderia perder os direitos políticos por oito anos – Severino se rendeu à pressão da mulher, dona Amélia, e dos filhos.
– Estão cometendo uma crueldade com a família. Nunca imaginei que uma situação dessas acontecesse. Vamos embora para casa – disse a mulher de Severino, que o teria convencido a renunciar com a alegação de que ele não teria condições emocionais para enfrentar um processo político por quatro meses.
Lula preferiu falar de futebol ao ser perguntado sobre encontro.

Para quem desejar ler o restante da matéria, acessar http://oglobo.globo.com/online/pais/169883644.asp

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