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Chega a 15% o número de usuários de transporte coletivo que não pagam a tarifa. Outros 24% só custei

O grande problema da tarifa do transporte coletivo de Santa Maria é o excesso de gratuidade. Algum tipo de benefício atinge 39% dos usuários. E a Associação dos Transportadores Urbanos não tem dúvida: quem paga a conta é o restante da população. E mais: se as gratuidades e descontos forem extintos, o preço da tarifa para todos poderia ser reduzido em quase 30%. Leia, a seguir, reportagem a respeito publicada pelo repórter Lucas Casali, na edição do jornal A Razão desta sexta-feira:

Sem gratuidades, passagem diminuiria
Do público que usa transporte coletivo, 39% tem direito a descontos na tarifa, segundo ATU


Se hoje em dia uma pessoa em Santa Maria pegar pelo período de um mês dois ônibus por dia, para, por exemplo, ir e voltar do trabalho e visitar parentes nos fins de semana gastaria R$ 96,00, o que equivale a quase um terço de um salário mínimo (R$ 300). A Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) afirma que, de todas as pessoas que usam o transporte coletivo, a mioria paga pelos descontos concedidos a uma minoria. A prefeitura diz que não mexe em conquistas sociais e que não tem condições financeiras de subsidiar o transporte público.
Segundo dados fornecidos por Edmilson Gabardo, presidente da Associação de Transportadores Urbanos (ATU), atualmente cerca de 39% do público que utiliza o transporte público urbano em Santa Maria goza de gratuidades e descontos. Destes 39%, cerca de 24% são compostos de estudantes que pagam metade da passagem. Os outros 15% são compostos de pessoas que não pagam a passagem. Ele é favorável que o governo indique as fontes de financiamento das gratuidades e descontos.
Conforme ele, se as gratuidades e descontos fossem extintos, o preço das passagens poderia ser reduzido em 27% (R$ 1,16), sendo 12% referente à metade da passagem que os estudantes não pagam e os outros 15% são compostos daquelas pessoas que hoje têm o direito de utilizar gratuitamente o serviço. A ATU endossa as propostas da Ação Nacional Tarifa Cidadã, promovida pelo Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Apesar de considerar que o preço da tarifa em Santa Maria esteja na média das outras cidades de seu porte, O secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana reconhece que, se as gratuidades e descontos fossem extintos, o preço da passagem poderia diminuir, mas que a administração municiapal adota a política de que não se mexe em “conquistas sociais”, como, por exemplo, o Passe Livre.
Um dos grandes problemas para o transporte público em Santa Maria, segundo o secretário, é que os ônibus, por causa disso, precisam percorrer grandes quilometragens. O secretário informa que neste momento a prefeitura está fazendo um levantamento dos horários e roteiros das linhas de ônibus da cidade. Segundo ele, existem linhas e horários que atendem apenas um número ínfimo de pessoas, enquanto que o certo seria que eles atendessem “onde há maior necessidade”.
O vice-prefeito e secretário de finanças, Werner Rempel, pensa que a possibilidade de que a prefeitura aceite as propostas é mínima, se for levado em conta a situação financeira atual dos municípios brasileiros, já que, entre as propostas apresentadas pela ATU, está a do “Fundo de Transporte” cuja verba, retirada do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), seria destinada ao melhoramento das vias.

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