Militantes “de rua” fazem valer sua vontade e Pasini continua presidente do PDT

Como antecipávamos na manhã de sexta-feira (mas, reconheça-se, desconfiados – dada a instabilidade pedetista), os militantes “de rua”, isto é, os que de fato militam, vão atrás de voto e defendem a bandeira do PDT em qualquer circunstância, vetavam o nome de Selvino Cogo para a presidência do partido e queriam a continuação de Juici Pasini. Cogo, no entendimento desses filiados, é “de gabinete” e não do “corpo-a-corpo”.

Pois é. Hoje, depois de uma grande participação dos filiados (427 foram às urnas), só inferior à registrada pelo PT, no primeiro turno, os pedetistas elegeram, em convenção, uma chapa de consenso para o Diretório Municipal. E este renovou o mandato de Pasini, com a “neutralidade” de Vicente Bisogno, em um pleito disputadíssimo exatamente com o professor Cogo. Foram apenas dois votos de diferença – 23 a 21.

Com Pasini foram eleitos também Elias Pacheco (1º vice), Henrique Heinz (2º vice), Cilon Correa (Secretário Geral), Marta Souza (Tesoureira), Luci Duarte eLuiz Fernando Smaniotto (vogais).

COMENTÁRIO MEU: a reeleição de Pasini, na verdade, é o coroamento de um processo óbvio. Os pedetistas locais estão extremamente divididos (como, de resto, praticamente todas as siglas com vida importante na cidade), e a isso me referi especificamente na coluna Observatório, no sábado (leia a nota “Coluna Observatório: “Este é o PDT, desde sempre”, que postei aqui no sábado, às 10:22:21). O novo, nessa história toda, é a participação dos “carregadores de piano”. Eles mesmos, que não aparecem, não são citados pela mídia, mas estão na linha de frente, literalmente, da defesa das teses partidárias. Foram os vencedores – contra os cartoriais, ou vestais, se preferirem. A única dúvida, que diabo, a restar no meu bestunto é simples: foram mesmo “espontâneas” as reações pró-Pasini, por parte dos “de rua”? Não terão sido incentivados? É uma dúvida besta, talvez, mas teima em não me sair da cabeça.