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Não basta apenas sonhar. É preciso agir, também. E rápido

Ouvi, ontem de manhã, a informação de que o investimento da empresa sueco-finlandesa Stora Senso, a ser feito numa grande fábrica de celulose no Rio Grande do Sul, deverá ser algo próximo a U$ 1,2 bilhão. E que, dentro de um ano, a localização da unidade será definida – feitos os devidos estudos. A implantação se dará em cinco anos, dada a peculiaridade do negócio. Tudo isso, antecedido de um projeto de florestamento que já significou investimento de pelo menos (e só para começar) U$ 50 milhões em vários municípios do Centro-Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

Convenhamos, se Santa Maria não tem área nem espaço apropriados para essa primeira fase, é indiscutível que não se pode esperar mais para se qualificar entre aquelas comunidades que aspiram a receber a fábrica. Deixando de lado, ufa!, picuinhas que tantas vezes prejudicaram o município, aparentemente as forças políticas estão unidas. Isso vale, por exemplo, para o deputado federal Cezar Schirmer, do PMDB, e o prefeito Valdeci Oliveira, do PT. Só não se pode é perder tempo. Santa Maria precisa (e parece que movimentos nesse sentido foram feitos, já, como se lerá mais abaixo) ser “vendida” imediatamente. Afinal, é preciso agir. E rápido.

Leia, abaixo, a reportagem publicada na edição de hoje, de A Razão, assinada pelo repórter Fabrício Minussi, enviado especial do jornal ao encontro havido ontem, em Porto Alegre, entre representantes da empresa e o governador Germano Rigotto

“Reflorestamento começa por oito cidades gaúchas
Stora Enso oficializa investimento de U$ 50 milhões na Metade Sul do Estado em 2006

Alegrete, Rosário do Sul, Cacequi, Unistalda, Santiago, São Fransico de Assis, Manoel Vianna e Maçarambá. Estes são os oito municípios das regiões Centro e Centro-Oeste do Estado em que a Stora Enso – maior fabricante de celulose do mundo – irá investir, a partir de 2006, U$ 50 milhões em programas de reflorestamento para atender a demanda internacional de celulose e papéis. O anúncio foi feito no final da manhã de ontem, pelos diretores da Divisão a América Latina da sueco-finlandesa, ao governador Gemano Rigotto (PMDB), em solenidade realizada no Palácio do Governo, em Porto Alegre. O encontro contou com a presença de secretários de Estado, deputados, prefeitos e representantes de diversos municípios da Metade Sul.
Na oportunidade, os executivos da Stora Enso também confirmaram construção de uma fábrica de celulose no Rio Grande do Sul, o que deverá ocorrer dentro de seis a sete anos. O investimento significará uma injeção de aproximadamente U$ 1,2 bilhão na Metade Sul do Estado.
O fato de Santa Maria não ter entrado no eixo de municípios em que a Stora Enso pretende investir na aquisição de terras não significa que a cidade ficará de fora dos investimentos da empresa. Dentro de um ano, na segunda fase do projeto de reflorestamento, deve ser anunciado o local onde será erguida a fábrica de celulose. Entre os principais critérios levados em conta para se determinar o local estão a infra-estrutura existente, principalmente mão-de-obra, recursos hídricos, logística de transporte (ferrovia) e proximidade com as bases florestais.
“Estamos acompanhando de perto todo esse processo e esperamos construir, junto com o Governo do Estado, uma proposta que contemple Santa Maria dentro dos investimentos projetados pela Stora Enso na segunda fase de implantação do programa, que é justamente a construção da fábrica de celulose no Rio Grande do Sul”, disse o secretário de Município de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Vilson Serro. Ele participou do ato na manhã de ontem, em Porto Alegre, e conversou com Anders Tosterud, que será o responsável direto pelo gerenciamento do empreendimento no Rio Grande do Sul. O executivo fez questão de salientar que a presença da Santa Fé Vagões em Santa Maria – empresa que irá fabricar vagões para transporte de grãos a partir de 15 de novembro, nas oficinas do Km 3 – pode representar um importante passo no momento de definir o local onde a Stora Enso irá instalar a fábica de celulose.
“É muito importante. Precisamos ter bem definida uma logística de transporte próxima das bases de reflorestamento”, afirmou Tosterud. “Nossa vinda a Porto Alegre serviu para mostrar o potencial de Santa Maria para receber investimentos da Stora Enso e acreditamos que a cidade tem condições de receber os próximos investimentos da empresa no Estado. Até mesmo a fábrica, já que Santa Maria dispõe de boa infra-estrutura e qualificada mão-de-obra”, disse o secretário Serro.
A vereadora Magali Adriano (PMDB), também esteve presente ao ato no Palácio do Governo. Ela aproveitou a agenda para convidar o gerente da Stora Enso no Rio Grande do Sul para que possa conhecer de perto a infra-estrutura da cidade. Tosterud esteve em Santa Maria no dia 30 de setembro, participando de um seminário de reflorestamento promovido pela Fepagro. Na oportunidade, a Stora Enso abriu a intenção de investir em projetos de reflorestamento na Metade Sul.”

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