Coluna Observatório: Jogo duro. Para dizer o mínimo
A urna, e o que ela deverá conter. É só isso o que importa
O jogo vai ser duro, muito duro em 2006. Com dinheiro mais curto, as campanhas tendem a ser enxutas, do ponto de vista financeiro. Mas nada indica que haverá recrudescimento de outras táticas, nem tão visíveis, mas historicamente eficientes, para garantir espaços – e votos.
Estima-se grande dificuldade para a reeleição de vários parlamentares, mesmo que eles tenham feito um bom trabalho e sejam dignos. Pagarão pelos outros, é a sensação facilmente perceptível. Basta conversar com as pessoas. Agora imagina a dificuldade dos novatos, com toda essa guerrilha!
Talvez por isso, a prática secular da pressão se estabelece de forma mais intensa. E explícita.
Quer um exemplo? Pedetistas se queixam, intramuros, das atitudes que percebem nos peemedebistas. Isso é em Santa Maria, mesmo, e não em Presidente Prudente. Ou em Caratinga. É aqui mesmo.
Que atitudes? A pressão que estaria sendo feita junto ao alto escalão do governo estadual para substituir todos os homens (e mulheres) do PDT que ocupam cargo de confiança na cidade e na região. Dos menores aos maiores, inclusive a Superintendência Regional da Corsan, talvez uma das funções de maior visibilidade eleitoral em Santa Maria.
A proposta (que é discutida nos bastidores, mas não deve ter chegado ainda ao Governador Rigotto) vai além, e atinge também o PP e o PSDB, aliados de hoje, mas que em 2006, pelo menos no pleito proporcional, serão inimigos de uns e outros.
A idéia, meio tacanha aliás, porque não necessariamente atentando ao interesse público, é trazer para o PMDB os benefícios do cargo. Ou dos cargos, considerando-se os demais. Acredite, leitor, o jogo é duro. E pesado. Tudo em nome do voto. Já o povo… Pssss…
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