Mas, já???!!!. Deputado financiado pela CBF vai cuidar da Copa no âmbito da Câmara. Eitcha!!!
Nem bem a bancada de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol, em conluio com alguns governadores, conseguiu impedir a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigaria as maracutaias corintianas com uma tal de MSI – que fariam gente muito boa daqui de perto corarem de vergonha, pelo prejuízo milionário possivelmente causado à Nação -, e já tomou conta de uma outra tarefa pra lá de cobiçada.
Isso mesmo, é um pau-mandado do presidente da CBF, e não da sociedade, que vai cuidar das relações da Câmara dos Deputados com a Copa do Mundo de 2014. Aquela mesma, da qual fui contra mas que agora não tem mais remédio e até já fiquei favorável, com ressalvas – que ficam cada vez mais consistentes.
É o típico caso de raposa cuidando do galinheiro. Ou, como disse o senador Álvaro Dias (PSDB), que articulava a Comissão Parlamentar de Inquérito que trataria do problema corintiano, o cabrito cuidando da horta. Quer dizer, começamos mal, muuuito mal. E seria conveniente preparar uma poupancinha. Essa conta ainda vai ser do contribuinte.
Para saber quem é o cara, suas tarefas, e o que isso poderá custar em credibilidade para o futebol e o parlamento, é muito conveniente, penso, ler a completa reportagem de Lúcio Lambranho, no especializado site Congresso em Foco. Acompanhe:
Tá tudo dominado
Depois do lobby bem articulado que derrubou ontem (8) a CPI dos Corinthians, o Congresso deverá continuar refém da influência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Criada justamente para ajudar o governo federal e a própria CBF na organização da Copa de 2014, uma subcomissão da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara terá um aliado de primeira hora como presidente.
Trata-se do deputado José Rocha (PR-BA), conhecido representante da chamada bancada da bola e que teve atuação destacada em favor dos cartolas do futebol na extinta CPI da Nike-CBF (2001). Na época, o relator da comissão, Silvio Torres (PSDB-SP), atribuiu 13 crimes ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e pediu o indiciamento do cartola e de outras 32 pessoas.
Além de trabalhar como um dos principais articuladores dos dirigentes para barrar a CPI sobre as irregularidades envolvendo o fundo de investimentos MSI e o clube paulista, o deputado baiano está na lista de doações de campanhas da CBF desde as eleições de 2002.
Naquele ano, Rocha recebeu R$ 100 mil da confederação. Já no ano passado, a entidade doou mais R$ 50 mil para o deputado, que exerce atualmente o seu quarto mandato.
Em entrevista ontem (8) ao Congresso em Foco, o deputado do PR classificou como “dura batalha” sua cruzada pelo arquivamento da comissão mista de inquérito. Sou contra a CPI porque não é o momento adequado, disse o parlamentar, que presidiu o Esporte Clube Vitória entre 1983 e 1985.
Segundo ele, bom para o esporte nacional é ter uma legislação que dê estabilidade ao esporte, com dirigentes sérios que façam um trabalho competente para o futebol brasileiro. A reportagem procurou novamente o deputado ao tomar conhecimento de que ele foi indicado para presidir a subcomissão da Câmara que acompanhará a organização da Copa de 2014, mas não conseguiu retorno.
Questionada sobre a relação de José Rocha com a CBF e as doações de campanha, a assessoria do parlamentar usou o seguinte argumento para alegar que não havia conflito de interesse: “A CPI não era da CBF, era do Corinthians”.
O Congresso em Foco também procurou a presidente da Comissão de Turismo da Câmara, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), responsável pela indicação de Rocha, mas sua assessoria recomendou à reportagem que…
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem Tá tudo dominado, de Lúcio Lambranho, no Congresso em Foco.
Leia também, no mesmo CF, a reportagem de Fábio Góis: Por três assinaturas, CPI do Corinthians é arquivada.
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