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A sexta-feira decisiva da agonia sem fim da Varig

Se o TVG (Grupo de Trabalhadores do Grupo Varig) não depositar, até esta sexta-feira, U$ 75 milhões, a venda da companhia estará desfeita. Nesta quarta-feira, um dos coordenadores do grupo deu a entender que há razoáveis, ou mais que isso, possibilidades de que não se encontrem os investidores dispostos a bancar essa dinheirama. E convocou uma manifestação dos funcionários da empresa exatamente para sexta-feira. Tudo para defender a Varig do que, a cada momento, parece tornar-se inevitável: a falência da companhia aérea que está prestes a completar 80 anos.

Enquanto isso, instala-se a confusão nos aeroportos. Como conseqüência, dezenas de vôos são cancelados e a Varig não faz parte mais da Iata (entidade que congrega as empresas internacionais), o que desobriga as outras companhias a endossarem bilhetes vendidos pela brasileira. Assim, estima-se em milhares os brasileiros que podem ficar, literalmente, “a pé” no exterior. Diz-se que, só de gaúchos na Alemanha, há 1,5 mil.

O clima, por mais que alguns tentem fazer crer o contrário, é o de velório. É triste, mas verdadeira, a agonia daquela que é um orgulho dos gaúchos.

Os jornais estão cheios de informações a respeito da interminável crise da companhia. Recolhi um dos textos, que, imagino, possa dar uma idéia de pelo menos parte da situação. Ele foi publicado nesta quinta-feira pelo jornal Zero Hora. Trata da decisão da direção da Varig de não voar mais para 16 destinos, dos quais 10 no exterior. Confira:

“Sem 16 destinos

Num dos piores dias da crise da Varig, a empresa informou que vai deixar de voar temporariamente para 10 destinos internacionais e ao menos outros seis nacionais. Ontem, a companhia cancelou 180 dos 356 trechos programados, provocando frustração, cansaço e longas esperas nos aeroportos.

Apesar da suspensão das rotas, a empresa ainda vendia bilhetes para os destinos bloqueados, por meio de seu site na Internet ou pelo telefone 4003-7000, conforme comprovou teste de Zero Hora.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou o plano de contingência que estabelece que outras companhias transportem os passageiros cujos vôos foram cancelados pela Varig. A maior preocupação é sobre a repatriação de quem está no Exterior com bilhetes Varig. O ministro da Defesa, Waldir Pires, recomendou paciência a clientes dos vôos domésticos:

– Voltem para suas casas e aguardem um pouco! É o conselho de um amigo, de alguém mais velho que já passou por muita coisa.

A Anac revela que a Varig tem 6 mil reservas internacionais vendidas entre ontem e amanhã, nas Américas do Sul e do Norte e na Europa. O maior contingente de passageiros nestes três dias está na Alemanha, para onde ou de onde 1,6 mil brasileiros têm bilhetes comprados pela Varig entre ontem e sexta-feira. A companhia manteve a rota de Frankfurt, mas cancelou a de Munique.

– Já pensou se meu vôo é cancelado. Os hotéis aqui estão todos lotados. Onde eu vou ficar – questionou Marcus Vinicius Klein, gerente de marketing da Claro, desde Colônia.

Ele está há três semanas na Alemanha para assistir à Copa e ontem conferia, em um telão à beira do Reno, a partida entre…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, e outros textos e quadros sobre a situação da Varig, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/

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