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Coluna Observatório: “A volta ao mundo em 48 horas”

Esse trio poderia estar
unido. Cá entre nós, algo
politicamente inverossímel


Durante 48 horas, dois dias exatos, os dirigentes partidários brasileiros viveram o que alguém diria ser o mais próximo do inferno. Não astral, mas literal – do ponto de vista político. Na terça-feira, aliás o “dia da besta” – 6/6/06 -, por seis votos contra um, o Tribunal Superior Eleitoral, já perto das 10 da noite, decidiu radicalizar a verticalização. Isto é, se um partido fosse aliado de outro lá em cima, teria que ser cá embaixo. E se não concorresse (como titular ou vice) no planalto, não poderia aliar-se, na planície, com sigla que tivesse candidato por lá. Uma excelentíssima senhora confusão. Ou tsunami, como analistas do centro do país (logo seguidos pelos daqui), definiram a determinação do TSE.

Isso durou até perto das 21 h de quinta-feira, dois dias depois. Quando, contraditoriamente, os mesmos ministros, por unanimidade (7 a 0), desdisseram o que haviam dito. Voltaram atrás. Parênteses: cá entre nós, leitor, mudaram rápido de idéia, não? Fim do Parênteses. E, assim, fica o dito pelo não dito, e retomam-se as negociações interrompidas. Aliás, mantida a posição da terça, e tudo começaria do zero, certamente.

Para que o leitor eventualmente desavisado saiba, mantida a norma inicial (aquela derrubada nesta quinta-feira), e se poderiam ver, tocar e até cheirar inusitadas alianças. Como, por exemplo, uma que unisse PT, PC do B, PSB, PL, PP e PTB. O “blocão do Lula”, como escreveu um jornalista paulista.

E isso significaria, na prática, que no Rio Grande do Sul, Olívio Dutra teria compulsoriamente o apoio de Francisco Turra e Sérgio Zambiasi, por exemplo. E que, em Santa Maria, Ovídio Mayer e José Farret estariam no mesmo palanque de Valdeci Oliveira.

Seria mesmo muito estranho, não é?

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