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Lula e Rigotto, reunião bem além do protocolo

No início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Germano Rigotto, ambos mantinham uma relação bastante amigável. O que gerava desde críticas internas a Rigotto pelo PMDB gaúcho até manifestações (discretas) de ciúmes de petistas do Estado. Ao longo do tempo, porém, houve um distanciamento. Principalmente porque o governador se decepcionou com o pouco retorno para o Estado e não percebeu reciprocidade petista na Assembléia Legislativa ao apoio que ele concedia ao Presidente.

Nesta quinta-feira, porém, apenas 48 horas depois do encontro protocolar havido em Passo Fundo, na visita presidencial ao Rio Grande do Sul, uma nova reunião, desta vez em Brasília. E um encontro muito além do protocolar – as reivindicações específicas do Rio Grande do Sul – se deu, tendo como pano de fundo a eleição de outubro e as pontes que Lula quer construir, já pensando na governabilidade de um eventual segundo mandato.

É a dedução óbvia, a partir de reportagem que os jornais estão publicando nesta sexta-feira. Leia, por exemplo, a que o Diário de Santa Maria está apresentando. Como não há assinatura, imagino que tenha sido produzida pela sucursal brasiliense da RBS (que edita o jornal) e publicada também nos outros veículos do grupo. Confira:

”Encontro de candidates
O presidente Lula e o governador Germano Rigotto se reuniram, ontem, em Brasília. Na pauta, o possível apoio do peemedebista no segundo turno e um pedido de ajuda para o Estado sair da crise

Mesmo tendo se encontrado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira, em Passo Fundo, o governador Germano Rigotto (PMDB) teve uma agenda especial com Lula, ontem, em Brasília. As negociações para apoio no segundo turno das eleições ajudaram a marcar o horário.

Oficialmente, o assunto do encontro foi a discussão da situação financeira do Estado. Lula e Rigotto, porém, conversaram longamente sobre as eleições. A reunião aconteceu em um momento em que o governador observa atentamente o quadro eleitoral e sabe dos riscos que corre em abraçar no primeiro turno qualquer candidato à Presidência.

A decisão de apoiar Lula ou o tucano Geraldo Alckmin no segundo turno passaria, antes, pelo comportamento de Olívio Dutra (PT) e de Yeda Crusius (PSDB) na corrida ao Piratini.

– Tenho adversários do PT e do PSDB. Por isso, preciso avaliar com cautela. Não vou tomar nenhuma decisão sozinho – disse Rigotto, que lança hoje sua candidatura à reeleição.

Lula viu nos pedidos de Rigotto a possibilidade de uma aproximação com o governador, que, no Estado, tem evitado se manifestar a favor da candidatura de Alckmin. O presidente sugeriu que o encontro fosse ontem, dia de jogo da Seleção pela Copa, porque o “ambiente seria mais tranqüilo”.

Em Brasília, Lula só pensa no PMDB. Seu principal interlocutor político, o ministro da Coordenação Política, Tarso Genro, tem a tarefa de encontrar a calibragem ideal dos contatos para não prejudicar os candidatos do PT que concorrem contra o PMDB nos Estados. Ao mesmo tempo, Tarso tenta manter um canal de diálogo com a sigla, que poderá ser o fiel da balança para a governabilidade em caso de reeleição.

Tarso conhece o acirramento da disputa em solo gaúcho entre as duas legendas e, por conta disso, atua com cautela.

– O ministro Tarso está sendo inteligente. Nunca tratei desse apoio fatiado (a participação do PMDB no governo com alguns ministérios). Agora, jamais me neguei a conversar institucionalmente com ninguém – disse Rigotto…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/

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