Coluna Observatório. O que se percebe, neste 2006, é uma campanha invisível. E silenciosa
Para chegar ao voto
na urna, o caminho
está bem complicado
Terça-feira, fim de tarde, num Café da cidade, o candidato debutante a deputado estadual, confrontado com a pergunta você não deveria estar em campanha?, respondeu: estou em campanha – e mostrou a relação de possíveis apoiadores, entregues por um cabo eleitoral.
Quarta-feira, perto do meio dia, num Supermercado, outro candidato, também debutante e a deputado estadual, recebeu a mesma pergunta, acrescida da opinião: essa campanha está silenciosa e invisível. A resposta: espera, espera até agosto, e verá a publicidade na rua.
Os dois casos, ambos ocorridos nesta última semana, tiveram o titular desta coluna como protagonista. Que, aliás, mantém, de um lado, uma certeza; de outro, a dúvida.
A convicção: salvo um muro aqui, mais um ali adiante, a campanha (tanto para o pleito majoritário quanto para o proporcional) é invisível. E silenciosa: na medida em que os carros de som estão (ainda bem) proibidos de circular, em função de decreto municipal restritivo e os bandeiraços, até aqui, têm sido raros.
A desconfiança: pode até se modificar relativamente o quadro, mas a tendência é que tenhamos, meeesmo, uma empreitada eleitoral em que o corpo-a-corpo e o santinho entregue discretamente (ou nas caixas de correio das residências) se transformem no único ato de captação de votos. No caso específico, claro, das eleições proporcionais – para governador e senador, ao menos haverá tempo razoável no rádio e na TV.
As causas? Duas: as restrições legais (proibição de outdoors, por exemplo) e a falta absoluta de dinheiro. Doadores habituais estão encolhidos e a necessidade (que bom) de contabilizar tudo no caixa 1 são causas destacadas.
Observatório está certo ou errado? Logo, logo se saberá.
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