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Indústria A seca e como ela afeta o setor em Santa Maria. Há pessimistas. E otimistas

Não deixa de ser interessante. O jornal A Razão, em reportagem de Lucas Casalli, publica nesta quarta-feira as queixas de representante dos trabalhadores da indústria metalúrgica. E ele não tem papas na língua ao relatar o desemprego do seu segmento, creditando à estiagem parte importante da responsabilidade pelo problema.

Em contrapartida, um empresário cujo negócio é vender máquinas agrícolas não esconde o otimismo, e informa sobre boas vendas. Mas, afinal, o que está acontecendo, de fato?

Na verdade, faltam dados macroeconômicos sobre Santa Maria. Ou, se existem, não são do conhecimento deste jornalista. Que, porém, tem mantido contados com empresários do setor industrial que mostram com clareza estarem investindo forte, acreditando na cidade e no seu futuro. Um, inclusive, com planta no Distrito Industrial, me disse não faz 10 dias que a produção que terceirizava em Caxias do Sul, agora será feita aqui mesmo, redundando em aumento do número de trabalhadores. Tudo para atender plenamente as encomendas da Santa Fé Vagões – aliás, uma das ressalvas feitas, na reportagem, pelo representante dos metalúrgicos.

Será este empresário com quem falei uma exceção? Talvez. No entanto, não creio que seja um caso isolado. E o otimismo do que vende talvez esteja mais próximo da realidade. Ou não?

Enquanto ficamos com esse dilema, que tal ler a reportagem do jornal e tirar a nossa própria conclusão? A seguir:

”Indústria é afetada pela seca
Nos últimos dois anos, houve o dobro de demissões em relação a anos anteriores na indústria da cidade

Nos últimos dois anos, o número de demissões na indústria da cidade dobrou, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Maria. O presidente da entidade, Luiz Mario Coelho, afirma que o principal problema é a seca, que tem ocasionado crise no agronegócio. O sindicato já foi solicitado para negociações de redução de carga horária e diminuição temporária de salário para os próximos dois ou três meses. Em Santa Maria, a situação é amenizada pela atividade da Santa Fé Vagões, que começou a operar no final de dezembro de 2005.

“A Santa Fé emprega hoje 220 funcionários. De algum lugar eles vieram.”, comenta Luiz. Ele acredita que, se a fábrica não tivesse vindo para cá, boa parte desses trabalhadores estariam desempregados. A pior situação, segundo ele, está sendo vivida pelas fábricas que produzem máquinas e implementos agrícolas ou fornecem para esse tipo de indústria.

“Elas estão com uma produtividade muito baixa.” Luiz afirma que muitas delas tiveram que diversificar sua produção. Em Santa Maria, são cerca de 1,1 mil metalúrgicos filiados ao sindicato.

Em uma fábrica da cidade, já há um terço de empregados em relação ao que havia antes. Um de seus sócios afirma que este é o pior período em toda a história da empresa. Sua principal produção atualmente são digestores para frigoríficos. A fábrica atualmente exporta parte de sua produção para a África. “Está querendo começar a melhorar. Esse ano vai dar para escapar arranhando”, diz ele. A fabricação de implementos agrícolas atualmente é muito pequena.

Luiz acredita que a seca não pode continuar pelo terceiro ano consecutivo. E acredita também em uma melhora na economia gaúcha. “Pior que está não pode ficar. A tendência é que melhore.”

Comércio de máquinas agrícolas prevê melhoria no setor O mercado de máquinas e implementos agrícolas já está se recuperando da forte seca ocorrida em 2005, considerada a pior dos últimos 60 anos. Esta é a opinião do gerente da revenda Super Tratores, Paulo Costa Beber. Segundo ele, as vendas estão “razoáveis”, voltando ao patamar intermediário entre 2004 e 2005.

Ele afirma que neste ano houve uma boa venda de colheitadeiras. As vendas a produtores de arroz estão…


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br

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