Sem acordo, Giacomini vai mesmo ao TRE

Acabou agora há pouco reunião na sede do PMDB, em Porto Alegre. O secretário geral da executiva estadual do partido, Rospide Neto, acompanhado do tesoureiro, Carlos Pacheco, comunicou à delegação de peemedebistas da Quarta Colônia, inclusive o vice-coordenador da sigla na região, vereador em Silveira Martins, Gláucio Boelter, que é irreversível: os dirigentes entendem que Luiz Celso Giacomini deve concorrer, mesmo, a deputado federal – e não a estadual, como pretendia e para o que é candidato preferencial de 11 municípios.

Nas palavras de Luciano de Medeiros, advogado de Giacomini e do PMDB da Quarta Colônia, a decisão se deve a uma “imposição do deputado Cezar Schirmer, que teria dito aos principais líderes estaduais do PMDB que, se Giacomini fosse candidato, ele, Schirmer, não seria”. Boelter, ouvido há poucos minutos pelo repórter Thiago Buzatto, do jornal A Razão, que prepara material a respeito, declarou sua decepção e, mais que isso, a intenção de fazer campanha para outro candidato a deputado federal, mas não a Schirmer. Que, aliás, é, há muito tempo, o maior nome do PMDB na região central do Estado.

O reflexo da medida do PMDB estadual ainda não pode ser mensurado politicamente. O que só se saberá no decorrer da campanha que está recém começando. Inclusive porque os apoiadores de Giacomini ainda não consideram a situação resolvida. Pretendem, como informou a este jornalista o advogado Medeiros, entrar amanhã, na primeira hora da manhã, com uma ação cautelar no Tribunal Regional Eleitoral. Querem, via judicial, o que não obtiveram politicamente.

Esse assunto, convenhamos, ainda não se esgotou. E vai longe, com conseqüências imprevisíveis.