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Ameaça. Sem aumento na tarifa de R$ 1,60, demissões nas empresas de transporte coletivo

Isso foi em maio: estudo elaborado pela secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, sugerido pela Prefeitura ao Conselho Municipal de Transportes, fixando em R$ 1,80, foi recusado. Isso aconteceu depois que um parecer, apresentado pelo professor da UFSM, Ricardo Rondinel, indicava uma tarifa de R$ 1,57.

Como resultado do enrosco, a prefeitura resolveu manter o preço de então, R$ 1,60. Ao mesmo tempo em que criou duas comissões, uma para tratar de “gratuidades” e “itinerários”, outra para tratar de um plano viário. Nenhuma delas, mesmo com o prazo de 30 dias prorrogado por igual período, chegou a fazer seu trabalho. Se fez, não foi divulgado. Ao contrário, o titular da pasta de Transportes acabou demitido.

Não faz um mês, o Executivo criou outra comissão. Esta, aliás, integrada por cinco membros do primeiríssimo escalão da Prefeitura. Para, segundo se noticiou, debater e até propor “licitação” de linhas. Esta, coordenada pelo novo secretário, Genil Pavan, por enquanto, ao menos publicamente, não mostrou ao que veio.

Pois é. Enquanto por um lado se fantasia, e nada se resolve, por outro a ameaça é concreta. Reportagem publicada nesta quarta-feira, no jornal A Razão, dá conta de um fato: as empresas de transporte coletivo urbano dizem não suportar a ausência de reajuste na tarifa, que eles consideram totalmente defasada. E mais: colocam como possibilidade concreta o corte do corpo funcional em 15% do quadro. O que significa ceifar algo como 100 dos 670 empregos diretos gerados no setor. Convenhamos, uma ameaça e tanto. Veja mais detalhes, no texto assinado pelo repórter Lucas Casali:

”Empresas de transporte
ameaçam fazer demissões

Empresas ameaçam demitir 15% dos funcionários caso a tarifa do ônibus urbano não seja reajustada

Se a tarifa do ônibus urbano não for reajustada, 15% dos funcionários das empresas de transporte coletivo podem ser demitidos. Essa é a ameaça da Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros de Santa Maria (ATU).

O presidente da entidade, Edmilson Gabardo, afirma que as listas de demissão estão sendo elaboradas. As demissões atingiriam as seis empresas que realizam o serviço em Santa Maria. O número de demitidos chegaria a aproximadamente 100 funcionários, incluindo motoristas, cobradores e fiscais. “A situação está periclitante”, diz Gabardo.

Ele afirma que a data em que as demissões aconteceriam ainda está sendo estudada, mas que os avisos prévios podem sair ainda neste mês. A ATU, que já requereu à Prefeitura a diminuição de 15% nos horários e trajetos dos ônibus, aguarda os resultados da próxima reunião do Conselho Municipal de Transportes. Ela geralmente acontece na segunda quarta-feira do mês (hoje, no caso), mas foi adiada para a próxima quarta. O número de funcionários das seis empresas juntas é de aproximadamente 670.

Na opinião de Gabardo, o preço real da tarifa atualmente deve superar os R$ 1,80 e rejeitados por votação no conselho. Segundo ele, a Prefeitura está coletando dados nas empresas de transporte desde abril. A ATU está aguardando a elaboração de um novo cálculo da tarifa pela Prefeitura e analisa a possibilidade de entrar na Justiça contra o Executivo Municipal.

Ao ser questionado sobre o assunto no final da tarde de ontem, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria e Região (Sitracover), Rogério Santos da Costa, foi pego de surpresa com a notícia. Ele diz ser totalmente contrário às demissões e afirmou que iria aguardar até hoje para tomar uma providência sobre o assunto.

O último aumento para motoristas e cobradores saiu em julho deste ano. Hoje um motorista ganha por mês R$ 1.240 e um cobrador recebe R$ 704,34. O Sitracover votou favoravelmente ao aumento de R$ 1,80 na passagem do ônibus urbano. Costa argumenta que, com…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas desta quarta-feira.

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