Tráfico de armas. CPI tem trabalhos prorrogados e Pimenta ganha mais 60 dias para relatório

No chamado “esforço concentrado” do Congresso Nacional, entre a terça, 1º, e a quinta, 3 de agosto, a mídia toda mirou em apenas dois assuntos: a CPI dos Sanguessugas e a Medida Provisória que trata do aumento do salário dos aposentados.

Enquanto a primeira segue a todo vapor, comprometendo parlamentares de todo o País, inclusive do RS, e figuras do PT, como um alto funcionário do Ministério da Saúde; a segunda não foi votada, por falta de quorum provocada pela obstrução feita pelas bancadas fiéis ao governo.

Mas, apesar de tudo, houve decisões tomadas no Congresso. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, a CPI do Tráfico de Armas tomou uma importante: prorrogou em 60 dias o prazo para o encerramento. Isso dará mais tempo, inclusive, para que o relator, o santa-mariense Paulo Pimenta, do PT, conclua seu trabalho.

Nesse momento, entre outras atividades, estão sendo investigados mais de 30 advogados suspeitos de conivência com lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização que controla o crime organizado em São Paulo.

Para saber mais, leia material distribuído pela assessoria de imprensa do parlamentar petista:

”CPI do Tráfico de Armas deve ter relatório
final somente no início de novembro

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas teve a prorrogação de seus trabalhos em 60 dias aprovada na última quarta, 2, na Câmara Federal, o que permite que o relatório seja entregue até o início de novembro.

O relator da CPI, deputado santa-mariense Paulo Pimenta (PT), considera que o novo prazo possibilita que se avance na nova linha de investigação adotada pela Comissão. Na atual fase, a CPI investiga 34 advogados suspeitos de terem uma relação privilegiada com lideranças criminosas do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Pimenta também se mostra satisfeito com a recente “Operação Fronteira Sul” realizada esta semana, reunindo órgãos federais e estaduais de polícia, além de Exército, Marinha e Aeronáutica, nos três estados do sul, buscando combater os diversos tipos de tráfico nas áreas de fronteira. O parlamentar destaca que esse tipo de atuação, planejada e conjunta dos órgãos públicos, vem sendo discutida há um bom tempo na CPI e deverá ser sugerida no relatório final.

Uma das propostas de Pimenta é a aquisição de “scanners” para serem instalados em rodovias visando ao combate do tráfico de diversos tipos. Também defende um sistema integrado de informações para o caso de roubo ou furto de veículos – o Sinevem-, Sistema Nacional de Identificação de Veículos em Movimento. Por essa técnica, veículos roubados em qualquer lugar do país, mas cadastrados no Sistema, poderiam ser facilmente identificados em pardais ou praças de pedágios espalhadas Brasil afora.”