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Coluna Observatório. O entrevero no PT de Santa Maria. E também as suas consequências

Valdeci e Fabiano,
eis aí um tipo de
briga que não acaba


Uma preliminar: se o critério para demitir ocupantes de Cargos de Confiança for exclusivamente político, quem perde não é o partido A ou B, ocasionalmente no poder. Derrotada é a sociedade, que, afinal, é a beneficiada pelos eventuais bom serviços prestados pelo servidores afastados.

Agora, o caso específico: as causas e conseqüências políticas da demissão de pelo menos oito CCs da Prefeitura nos últimos tempos e supostamente ligados ao (ou apoiadores do) deputado Fabiano Pereira. Os mais notórios afastados foram Neimar Iop (um dos diretores da secretaria de Administração), e que segue no Executivo (é do quadro permanente), mas sem Função Gratificada, e especialmente Walter Algerick, coordenador da Defesa Civil. Mas não são os únicos.

Quando e por que tudo começou? Isto é, a partir de que momento e em que circunstância, Valdeci Oliveira prefeito e Fabiano Pereira deputado, romperam politicamente?

Segundo fonte próxima a Valdeci, o deputado “nunca reconheceu a importância do prefeito para a sua eleição à Assembléia em 2002”. E, o que seria “mais grave”: no pleito de 2004, quando da tentativa (bem sucedida) de reeleição, Valdeci só obteve apoio “nos últimos dois dias” e no restante do tempo Fabiano “percorria o estado, pensando apenas na sua própria reeleição à AL”.

Esses dois fatos, e “outros” não nominados pela fonte oliveirana, seriam “traições”. E estariam na raiz da divergência nunca superada. E que se transferiu para a administração, com sucessivos escanteamentos de apoiadores do parlamentar, desembocando no apoio do grupo de Valdeci Oliveira ao alegretense Adão Villaverde.

Já o próprio deputado, em entrevista na quarta-feira, condenou o que considera uma “política de exclusão”. E que não contribui para os objetivos maiores, que seriam reeleger Lula Presidente e Olívio Dutra governador.

A prefeitura, obviamente, nega motivação política para as demissões, dizendo que são “adequações administrativas”. E aí, alguém acredita?

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