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Eleições 2006. Desacorçoado, cidadão “expulsa” os candidatos de sua casa, na vila Caramelo

Pesquisa feita pela Universidade de Brasília, em junho, pouco antes do início da campanha eleitoral, aponta um quadro no mínimo desolador para quem pratica a política.

Ouvindo perto de 600 eleitores do Distrito Federal, os pesquisadores da UNB constataram, por exemplo, que mais de 80% deles não acreditam nos deputados e 70% descrêem dos senadores. Os partidos políticos políticos também estavam em baixa: 73% dos eleitores não confiam neles, assim como mais de 60% se mostraram descrentes em relação ao governo. Qualquer deles.

Outros dados, sobre várias instituições, inclusive a Justiça, não ajudam muito a elevar o nível de satisfação. É até possível que, neste momento, no calor da campanha, alguma coisa tenha se modificado. Aliás, algo mudou – como se percebe nas pesquisas atuais de intenção de voto – pelo menos em relação ao governo federal.

No entanto, em Santa Maria, há quem esteja mais que descrente. Um eleitor se mostra de fato desacorçoado com a situação. Ele reside na vila Caramelo, já atuou com políticos, hoje está aposentado e agora, simplesmente, radicalizou: colocou uma placa em frente à sua casa, “proibindo” a presença de políticos. Você quer saber mais? Leia reportagem a respeito, que o jornal A Razão estará publicando em sua edição desta sexta-feira:

”Aqui político não tem
permissão para entrar

Aposentado de SM colocou placa em frente à sua casa, na vila Caramelo, externando sua indignação

Mensalão, sanguessuga, corrupção. Palavras que se tornaram comuns nos últimos meses. E a principal consequência desses escândalos, agora em época de eleição, é a descrença na política e nos políticos. O sentimento que toma conta do país foi comprovado por uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) revela que 87% dos eleitores não confiam nos seus representantes e governantes.

Em Santa Maria, um bom exemplo dessa decepção com a política pode ser vista na vila Caramelo. O aposentado João Caetano Brum, 56 anos, resolveu externar sua descrença colocando em frente à sua casa uma placa proibindo a entrada de políticos. “Meu esporte preferido era a política. Me criei nesse ambiente, pois meu pai era do Partido Libertador. Trabalhei na área, assessorando o vereador Pedro Fernandes, dos meus 19 a 21 anos. Mas agora, perdi a ilusão”, confidencia.

Segundo Brum, o começo dessa sua decepção iniciou com a morte de alguns políticos, como o próprio Pedro Fernandes, Nelson Marchezan e Leonel Brizola. “Eram políticos sérios. Tinha gosto em votar neles. Hoje, com mensalão, dinheiro na cueca e roubos, não tenho mais gosto em votar”, declara. “Atualmente de cada 100 políticos se tira dois que dá para confiar um pouco”, afirma.

A idéia da placa surgiu nessa eleição e tem feito sucesso entre os vizinhos e amigos do aposentado. “Tem até gente que me pede para fazer uma igual, mas agora o período eleitoral já está acabando”, conta, salientando que ele mesmo fez a placa.

“Tomei essa decisão para evitar que eles (os políticos) cheghem na minha casa, pois eles só procuram o povo em época de eleição. Depois de eleitos, ganham bem e não fazem nada pela gente”, diz. A indignação é tanta que ele não escuta e não assite a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Nem santinho ele costuma pegar. “Peguei nojo de política”, completa.

Sua esposa e seus dois filhos, de acordo com ele, também foram “influenciados” por sua posição e…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas daqui a pouco, nas primeiras horas desta sexta-feira.

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