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Eleições 2006. Tarso explicita o que seria um entendimento político “pós-reeleição de Lula”

A questão é essa: mesmo antes de conhecidos os resultados das urnas, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trata de um provável segundo mandato. E escalou como principal interlocutor, o ministro das Relações Institucionais, o gaúcho Tarso Genro.

Como será esse entendimento pós-eleição? Tarso dá boas pistas, aliás muito boas, como a tentativa de acordo com os tucanos José Serra e Aécio Neves, em entrevista concedida ao jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo, que a publicou em sua página na internet. Dê uma olhada:

”Diálogo pós-eleição inclui Serra e Aécio, diz Genro

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) disse que o governo vai deflagrar, depois das eleições, um diálogo com todos os partidos. Pretende discutir ainda em 2006 os termos da reforma política. A aproximação, segundo disse, já começou. Entre os oposicionistas com os quais Lula já conversou, menciona os governadores de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), e do Ceará, Lucio Alcântara (PSDB).

A negociação, disse o ministro ao blog, “fatalmente” terá de envolver outras lideranças. Entre elas os tucanos José Serra e Aécio Neves, que disputam, respectivamente, os governos de São Paulo e de Minas Gerais na condição de favoritos. Só não foram procurados ainda, segundo Genro, porque “o gesto poderia ser entendido como uma tentativa de cooptação”.

“Depois de definido o nome do próximo presidente, seja ela quem for, vamos buscar uma aproximação com os partidos políticos que estiverem dispostos a formar uma maioria para aprovar rapidamente uma reforma política, seja por este congresso ainda, seja na próxima legislatura”, disse Genro.

Para o ministro, a reforma é “essencial” para “destravar o sistema político brasileiro, que está nitidamente em crise”. Abriria também o caminho para a discussão do que chamou de “segunda geração de reformas, que vão criar condições de sustentabilidade para o desenvolvimento do Brasil”. Não quis especificar que reformas seriam essas, para não parecer que o governo está querendo “ditar a agenda”.

O blog perguntou a Tarso Genro se o Planalto incluiria no contexto da reforma política, como noticiado, a proposta de anistiar políticos cassados pelo Congresso por suposto envolvimento no escândalo do mensalão – José Dirceu (PT) e Roberto Jefferson (PTB), por exemplo. O ministro foi enfático: “Não há nada no Palácio a respeito dessa questão. Seria imprudente tratarmos disso, na medida em que os processos judiciais estão em curso. Não há nenhum tipo de definição sobre o grau de envolvimento, de culpabilidade dessas pessoas que estão aí. Aliás, muitos serão absolvidos, outros serão condenados. Não se sabe. Seria impróprio tratar dessa questão”.

Genro disse que o tema tampouco foi levantado no âmbito do PT. “Não ouvi nada a respeito. Não duvido que alguém levante o tema ou que esteja preocupado com isso. Mas não é uma discussão do governo”. Se o tema vier a ganhar fôlego, diz o ministro, não poderá ser confundido com a reforma política.

“Se essa questão for conectada com a reforma política, evidentemente já será uma reforma sobre a qual pesará grande suspeição”, disse Genro. “Se o tema um dia vier a ser tratado, se interessar a alguém tratar do assunto, tem que ser de maneira separada, para que não se …”


SE DESEJAR ler a íntegra da entrevista, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

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