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Guerra civil. Oito dias após o superassalto frustrado, a história da preparação do PCC

Aos poucos começam a ser conhecidos detalhes da superoperação que, se tivesse êxito, redundaria em R$ 200 milhões de lucro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção criminosa, de longe, mais organizada do país. Pelo menos, da que se tem informações mais precisas, e cujo alcance ultrapassa São Paulo, o estado onde nasceu e, até hoje, vez em quando, aterroriza autoridades e cidadãos.

Reportagem que o jornal Zero Hora publica neste domingo, assinada por José Luiz Costa, desvenda mais detalhes sobre o plano iniciado ainda no ano passado, e que demandou detalhes fantásticos, dignos de um bom filme – bem, pelo menos eu gosto desse tipo de cinema, pura diversão e que tenha, como no fato real, final feliz para a sociedade.

Acompanhe o texto, e saboreie, mais uma vez, a ação da Polícia Federal, que obteve um êxito digno do aplauso dos cidadãos:

”A queda da facção
O caminho dos toupeiras

Insatisfeita com “apenas cinco contêineres” abarrotados de dinheiro, a maior quadrilha de ladrões de bancos percorreu o país de Norte a Sul durante um ano disposta a novas proezas. Comprando imóveis e carros e expandindo suas investidas até o Exterior, o bando trilhou 9,3 mil quilômetros até tentar o maior ataque do país, perdendo 45 de seus integrantes, 26 deles presos pela Polícia Federal (PF) em 1º de setembro no Rio Grande do Sul.

Após fugir por um túnel com R$ 164,7 milhões do Banco Central (BC) de Fortaleza (CE), em agosto do ano passado, os bandidos-toupeiras ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) se aliaram a um contrabandista de cigarros paraguaio. O alvo era o caixa-forte do ABN-Amro, em Assunção.

Infiltrações no túnel de 166 metros de comprimento obrigaram o uso de bombas de sucção de água. Funcionários do banco escutaram o barulho e avisaram a polícia. A quadrilha tinha um radiotransmissor ligado à freqüência policial e fugiu antes de ser presa.

O insucesso fez com que 22 quadrilheiros voltassem a São Paulo com um projeto audacioso: ampliar o “quadro de pessoal da empresa” e invadir quatro instituições em duas capitais. Apontado como chefe e dono da maior bolada tirada do BC, o cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, 39 anos, tirou férias. A empreitada coube a dois primos dele, os irmãos Raimundo e Lucivaldo Laurindo.

Escavadores do túnel que levou à caixa-forte do BC, os Laurindo ascenderam a mestre-de-obras. Raimundo assumiu a gerência da equipe em Maceió (AL) para invadir a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Nordeste Transporte de Valores. Lucivaldo arregimentou a tropa de operários, incluindo parentes. Entre os homens-toupeira, viajou a Porto Alegre o assaltante Antônio Nascimento Alves, 35 anos, um dos sete procurados pela Justiça paraguaia.

Operários mais tarimbados atuavam nas escavações dos túneis, separados por 4,2 mil quilômetros. Com documentos falsos, obtidos com um advogado conhecido por Doutor Paciência, os bandidos – 23 deles ex-presidiários – viajavam de um Estado a outro.

A partir de um cartão telefônico pré-pago encontrado no túnel de Fortaleza, a PF descobriu os celulares de quadrilheiros e rastreou ligações. Um bilhete com apelidos de envolvidos no furto ajudou. O papel estava com quatro escavadores presos com R$ 12 milhões na periferia de Fortaleza.

Em fevereiro, Lucivaldo esteve em Porto Alegre. Com experiência de 15 anos em roubos a banco, ele se mostrou interessado em alugar cofres bancários, analisando a área em torno da Praça da Alfândega, onde estão o Banrisul e a CEF. Lucivaldo voltou em abril. Dois meses depois, a PF tinha o organograma do bando e sabia que Raimundo de Souza Pereira, o Piauí, 42 anos, braço-direito de Lucivaldo, chegava a Porto Alegre.

Um ano depois do ataque milionário em Fortaleza, quadrilha acabou presa

Em 29 de junho, Piauí desembarcou no Salgado Filho, recepcionado por Fabrísio Oliveira Santos, 21 anos – o comprador do prédio 11 da Rua Caldas Junior, onde a quadrilha começou o túnel. Estava no aeroporto o revendedor de carros Alexsandro Santos e Silva, o Sandro Gordo, 35 anos. Gaúcho, era o inquilino mais visível do sobrado alugado no Partenon, onde a cúpula se hospedava.

Duas semanas depois, começou a chegada dos operários. Em 17 de julho, Lucivaldo recebeu na rodoviária três comparsas com mochilas e ferramentas. O bando concentrava esforços em Porto Alegre. Maceió ficaria para depois porque…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/.

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