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Anti-nepotismo. Tubias retirou, mas garante que vai reapresentar projeto nos próximos dias

Conversei na noite de ontem, por telefone, com o vereador Tubias Calil, do PMDB. Aliás, embora isso possa não interessar à quase metade do Rio Grande, o papo se desenrolou exatamente no momento em que o Grêmio fazia o primeiro gol contra o Fluminense.

Pois o parlamentar me informava da retirada do projeto que durante meses provocou acirradas discussões no legislativo municipal. Aquele que proibia o nepotismo, direto e cruzado, no âmbito da Câmara e da Prefeitura. Aparentemente, o próprio Tubias se convenceu que, não obstante os méritos indiscutíveis da proposta, ela era mesmo inconstitucional. Na verdade, vereador só pode vetar, por lei, nepotismo de vereador – e não abarcar o Executivo, como ele propunha.

É verdade que o peemedebista, como me falou, não se mostra totalmente convencido disso. Tanto que até poderia continuar bancando o projeto. No entanto, retirou-o “para ajustes”. Segundo me disse, essa foi a forma de fazer com que a idéia não caducasse, e só pudesse ser reapresentada no ano que vem, reabrindo toda a discussão.

Era o que acabaria por acontecer, me observou. Então, a retirada. E qual o ajuste? Exatamente este: pretende Tubias Calil cortar a parte que fala do Executivo, circunscrevendo o anti-nepotismo apenas no Legislativo. E vai ver no que vai dar. Ele não sabe. Mas eu sei: ainda assim, haverá muita resistência para a aprovação, embora as manifestações públicas em contrário. Em todo caso, não custa ter esperança, não?

Ah, afirmou-me o vereador peemedebista que a reformulação e os “ajustes” serão feitos nos próximos dias, de maneira a tentar a reapresentação ainda na primeira semana de novembro. Tempo para votar, haverá. Basta ver se vontade também, dos demais edis. O jeito é aguardar.

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