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E agora? Partidos avaliam o pleito proporcional em SM. No PT, a situação não anda nada mansa

Não deixa de ser curioso, ao olhar do cidadão comum: como podem os petistas brigar se, no fim da contas, seu partido é o único que festeja a eleição de nomes locais? É verdade, mas, acostumaram-se os analistas, são coisas do PT, uma agremiação que se forjou, nos últimos 25 anos, a partir das inúmeras correntes internas que, milagrosamente, se unem na hora do embate eleitoral.

Aparentemente, no entanto, já não é mais bem assim. Há quem deseje um mínimo de unidade. E a dita não estaria existindo em Santa Maria, sequer na hora do pleito. Surgem os descontentamentos, a partir sobretudo de Fabiano Pereira, relegado a segundo plano pelo “establishment” municipal, mas também de Paulo Pimenta, que sempre funcionou como um “tertius” nas divergências citadinas nunca exatamente bem explicadas.

Ambos têm suas razões. Especialmente Fabiano. Que, além de ampliar a votação em Santa Maria, foi o único deputado estadual do PT que se reelegeu ampliando o número de votos. Não é pouca coisa, numa bancada que reduziu de tamanho (leia nota anterior, a respeito da composição da Assembléia Legislativa).

Se considerar-se apenas a situação interna local do PT, então, Fabiano está “a cavaleiro”. Embora apoiado pelo chamado “Grupo do Valdeci”, que detém o poder da caneta em nível municipal, Adão Villaverde, que não é da cidade, fez um sétimo dos votos do atual deputado.

Aliás, Fabiano e também Pimenta, na entrevista que concederam nesta segunda-feira, responderam questões sobre a crise política interna. Não falaram diretamente, mas não esconderam os problemas. O que já prenuncia novos embates internos ali adiante. Quem sabe logo depois do segundo turno para o Governo do Estado e a Presidência da República.

A propósito da palavra dos petistas, e também da busca das razões das derrotas dos demais partidos, leia reportagem que o jornal A Razão está publicando em sua edição desta terça-feira.

”Santa Maria só
elegeu dois
deputados

Pimenta e Fabiano, ambos do PT, foram reeleitos. Schirmer e Farret não conseguiram a vitória nas urnas

A partir de 2007, Santa Maria terá a metade da representatividade que tem hoje na Assembléia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Dos quatro candidatos da cidade que disputaram a reeleição, apenas o deputado federal Paulo Pimenta e o deputado estadual Fabiano Pereira, foram vitoriosos. Cezar Schirmer (PMDB) e José Haidar Farret (PP) não conseguiram votos suficientes para se reelegerem na Câmara e na Assembléia respectivamente. “Teremos que trabalhar dobrado para manter a reputação de Santa Maria”, disse Fabiano.

Os dois petistas reeleitos, durante entrevista coletiva, dedicaram a vitória à militância e aos integrantes da coordenação de campanha. A intenção dos dois é, a partir de agora, trabalhar para a reeleição do presidente Lula e de Olívio Dutra no estado. Quanto ao desempenho do partido no estado e na cidade, Pimenta afirmou que o resultado geral da eleição será analisado para ver quais os motivos que levaram o PT a não ganhar nem para presidente nem para governador.

Outra medida a ser tomada pelo partido em Santa Maria será sua reestruturação, já pensando nas eleições de 2008. O PT quer um terceiro mandato na cidade, mas os dois deputados preferiram não citar nomes de possíveis candidatos à Prefeitura.

Fabiano admitiu que as campanhas tiveram problemas em Santa Maria, devido a falta de unidade política do partido. “Isso ficou evidente quando 60 CCs foram demitidos semanas antes da eleição e quem comanda a campanha majoritária no estado é que fez isso”, afirmou referindo-se ao prefeito licenciado Valdeci Oliveira, que dispensou cargos em comissão que não faziam campanha para Adão Villaverde, candidato apoiado por Valdeci.

Vitória – Para Pimenta, os mais de 100 mil votos conseguidos foram uma vitória “consagradora”, frente a atual conjuntura política nacional. “Atingimos nosso objetivo principal, que era ser reeleito ultrapassando os 100 mil votos”, disse.

Já Fabiano comemorou o fato de ser o único deputado estadual do PT que se reelegeu com aumento do número de votos em relação à eleição de 2002, quando fez 26 mil votos. Ele ainda avaliou que o resultado da eleição para o governo do estado ainda pode ser revertida. “Tenho certeza que o Rio Grande do Sul não vai querer ser…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas desta terça-feira.

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