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Novidade. Clodovil, “a caminho da escola”, faz primeira visita ao seu novo local de trabalho

Depois de desastradas, e agora negadas, declarações em que se considerava “comprável”, dependendo do preço, o estilista Clodovil Hernandes, eleito pelo naniquíssimo PTC (o que quer que queira dizer a sigla) de São Paulo, esteve nesta terça-feira em Brasília.

O objetivo de Clô era conhecer o local em que vai trabalhar a partir do ano que vem. Foi recebido pelo presidente da Casa, Aldo Rebelo e distribuiu simpatia e muita bobagem, no seu primeiro contato com o Parlamento.

Independente de qualquer coisa, uma dúvida não há: Clodovil é um exotismo possível numa democracia. E como tal deve ser entendido. Nada além disso. Afinal, alguém votou nele. Aliás, muuuuuitos alguéns. E todos eles precisam ser respeitados, até que o próprio eleito resolva dar motivos para que se mude de idéia. O que, é só um palpite, não deve demorar.

Sobre o dia de visita de Clodovil à Câmara (sua nova “escola”, como ele próprio disse), há um relato pra lá de saboroso publicado pelo jornalista Ricardo Noblat, em sua página na internet. Vale a pena conferir:

”A estréia de Clodovil na Câmara

Clodovil (PTC-SP) fez hoje seu debut no Congresso Nacional. Chegou no início da tarde e foi direto ao gabinete do presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP).

Vestia a última moda em roupa masculina – um caban cáqui (espécie de casacão), gravata e lenços azuis, sapatos e meias marrons e uma pasta-carteiro a tira colo.

A notícia sobre a presença dele no prédio do Congresso correu rápida. Em poucos minutos, jornalistas, funcionários da Câmara, copeiros, faxineiras e turistas se aglomeraram para vê-lo.

Foram convocados agentes de segurança para prevenir um possível tumulto. Eles aconselharam Clodovil a ser discreto – imagina só…

– Deputado, saia pelo lado que tem muita gente aí! – aconselhou um deles. Clodovil respondeu feliz: – Tem muita gente aí? Graças a Deus.

Então deixou com leveza e pose o gabinete de Aldo pela porta principal. Sorridente, parou três vezes para dar entrevistas. Nas três, elogiou a beleza de jornalistas que lhe faziam perguntas.

Para Leandro Colon, ex-repórter deste blog, dirigiu um gracejo. Com a mão no cavanhaque de Leandro, disse simplesmente: – Você parece o Che Guevara.

Para Felipe Recondo, repórter do blog, um galanteio: – Como você é bonito?! Recondo agradeceu enternecido.

Mas Clodovil não foi à Câmara apenas para desfilar. Foi conhecer seu novo local de trabalho: – Eu vim aprender o caminho da escola. Eu queria saber que bolsa eu trago, se trago uma Louis Vuitton ou uma sacolinha da Casa da Banha porque eu não quero atrito com ninguém. É um mundo novo. Fui recepcionado pelo presidente e deixei-o com lágrimas nos olhos. Olhei para o Aldo como olhei para o médico que me operou do câncer.

Na primeira entrevista, corrigiu uma declaração atribuída a ele que havia repercutido mal entre seus futuros pares. Saiu publicado que ele dissera ser capaz de vender seu voto por US$ 30 milhões.

– Eu falei que todo homem tem um preço, mas que R$ 30 mil seria muito barato para vender um país. Com US$ 30 milhões de dólares você poderia ajudar alguém, mas mesmo assim não valeria a pena. Não sou analfabeto, nem idiota e nem bebo. Você acha que antes de entrar aqui eu ia falar uma barbaridade dessas?

Dizer uma coisa e depois desmenti-la faz parte da vida dos políticos em geral e de alguns em particular. É normal. Tanto quanto o assédio de lobistas…”


SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço www.noblat.com.br.

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